domingo, fevereiro 19, 2017

Existe DEUS

Acaso, não vos prolongamos as vidas, para que, quem quisesse refletir, pudesse refletir, e não vos chegou o admoestador?— (Alcorão, 35:37).

Prezados Irmãos,

Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade.
É verdade que, historicamente, o ser humano sempre pensou num poder sobrenatural existente além deste nosso mundo das mudanças. E está constantemente a tentar não só encontrar a origem de todo o Universo, mas também um objeto para a sua adoração.

A História da Humanidade é apenas uma série desses esforços; algumas pessoas pensaram que este poder podia ser encarnado em certos tipos de árvores, pedras, ouro, ou no ser humano. Houve pessoas que pensavam que era o sol; outras achavam que era a lua ou outros astros, e ainda outras pensaram que eram os rios, etc.

 Há ainda outros que dizem não haver Deus, mas a natureza em si é o seu Deus. Pessoas há que pensam que Deus deve ser um poder sobrenatural, que não tem forma, nem semelhante, não é afetado pelas mudanças, que é imortal e eterno. Esta posição é semelhante à do Islão.

Tudo isto é o resultado da posição a que chegaram os psicólogos de que o ser humano tem um instinto religioso. Por natureza, ele acredita na existência de um poder forte e grande que controla o Universo e sente que, ele e o resto da humanidade, são dependentes d`Ele e sujeitos a esse poder.

  Professor Max Fuller no seu "Hibbert Lectures" diz: "A religião não é uma invenção nova. Se não é antiga como o mundo, é, pelo menos, antiga como o mundo que conhecemos. Nunca houve falso Deus nem religião falsa a não ser que se chame à criança um ser falso. Daquilo que eu sei das religiões, todas elas tinham o mesmo objetivo. Todas estavam ligadas a uma corrente que liga o céu à terra, e que estava e continua a ser assegurada pela mesma mão. O próprio Platão afirmou que: o conhecimento do verdadeiro Deus está implantado, por natureza, em todas as almas e o trabalho dos professores, neste campo, não é ensinar o ser humano o que ele não sabe, mas é remover os obstáculos e as sombras que ocultam a verdade e o impedem de chegar até lá e para lhe recordar do conhecimento que ele já tem".

Assim, o ser humano, por natureza, pensa em Deus. Alguns deles conseguem descobri-Lo e outros não; daí, a tarefa dos Profetas foi de recordá-los, da Existência de Deus; o Alcorão Sagrado menciona vários sinais e de várias formas chama a atenção do ser humano, recordando-o a existência do verdadeiro Deus.

Todos nós sentimos a Sua existência, porém há quem O recusa alegando que não O vê, o que não tem lógica, pois há coisas que nós não vemos e estamos certos da sua existência, como é o caso da nossa própria alma, o juízo, a energia, etc. Estas e outras coisas semelhantes não são vistas, mas a sua existência é aceita unanimemente.

Realmente, nem tudo se conhece diretamente; há coisas que as conhecemos indiretamente, pois, os seus efeitos são sentidos e conclui-se que existem.

Por exemplo, se carrego o peso que nenhum dos meus amigos o consegue, então eu deduzo que só o faço por ser mais forte que eles. Sente-se os raios do sol aqui na terra, então deduzimos que deve existir algo que permite a chegada dos seus raios aqui na terra, etc.

O nosso conhecimento sobre Deus também não é diferente disso, pois Ele é conhecido pelos Seus sinais e efeitos. Porque Ele é subtil, conhecemo-Lo não pelo nosso juízo diretamente, mais indiretamente, através das Suas criações e efeitos. Razão pela qual não podemos conhecê-Lo inteiramente, pois só conhecemos os Seus atributos através da Revelação, e é por isso que o ser humano precisa da Revelação.

Nós podemos estabelecer através do argumento racional a existência de Deus, mas a informação completa e total sobre Deus está fora do alcance humano; Deus não pode ser descrito exceto mencionando algum dos seus atributos.

Bacon diz: "Quando as ciências naturais são separadas, pouco a pouco elas dão a entender, inicialmente, que estão remotas de Deus. Mas, quando são estudadas em pormenores e examinadas profundamente, elas forçam-nos a chegar ao conhecimento da existência de Deus e na sua crença". (Christian Belief and Science).

A existência de Deus também pode ser provada por intuição. O filósofo Francês Descartes, do século 16, na sua demonstração da existência de Deus, diz que: "A existência de Deus é conhecida intuitivamente e, por depender da explicação intuitiva, não precisa de prova, nem de demonstração, basta só revelá-la e desenrolá-la".

E ainda acrescenta: "Eu existo agora e sei que sou algo mutável; não sou a causa da minha existência, senão teria existido antes; não sou a causa das mudanças que caiem sobre mim, se fosse assim, ter-me-ia mudado para a melhor posição; não sustento a minha própria existência, se fosse assim, poderia subsistir (durar) para sempre. Os meus pais e os antepassados não causaram todos estes acontecimentos em mim, porque eles ocupavam a mesma posição que eu ocupo. Iniciei a minha vida na forma de uma criança desamparada, cresci chegando à juventude e tornei-me homem e depois ao declínio, na forma de um velho. Não são todos estes sentimentos e mudanças a caírem sobre mim, um sinal de que sou um ser mortal cuja origem, deve ser imortal e a alma eterna?" (Evolution theory and christian belief the unresolved conflict). Will Herberg  explica a existência de Deus de uma outra forma. Ele diz: "Se a palavra 'DEUS' tem de ter alguma relação com os nossos problemas, temos que reconhecer que Deus não é algo cuja existência possa ser estabelecida por um simples expediente ao empurrar uma investigação científica, ou avançando um bocadinho mais com especulação metafísica. A própria tentativa de fazer isso é um erro e uma iniciativa ilusória, pois no fundo isso trata de Deus como qualquer outro objeto do mundo, não como um objeto transcendente que não pode ser encerrado no material de experiência; a mesma coisa pode ser dita sobre a tentativa de deduzir Deus da História ou de dentro dos fundos da consciência humana onde, afinal refletem as nossas próprias confusões e limitações. Deus cria e sustenta toda a natureza". (Will Herberg: Four Existentialist Thinker’s).

Não há dúvida que Deus existe, sentimos a Sua existência, mas uma vez que está fora do nosso alcance mental, descrevê-Lo, temos que nos basear nas Revelações Divinas onde o próprio Deus nos diz quais são as Suas qualidades e atributos.

O Alcorão Sagrado, por sua parte, dá-nos provas da existência de Deus, concentrado a maior parte dos seus argumentos em 5 tópicos: 
1. Evidência (prova) da experiência íntima da humanidade;
2. Revelação Divina ao Homem;
3. Modelo universal da moral humana;
4. Doutrina da criação do Universo;
5. Argumento cosmológico.

Colocando juntas todas essas evidências, o ser humano, por mais ateu que seja, chegará à conclusão de que existem bases razoáveis para se acreditar que há uma personalidade e força através do Universo que controla tudo isto, e essa personalidade é denominada 'Deus' pelos Muçulmanos (os submissos à Vontade de Deus).

Assim, o Muçulmano em primeiro lugar deduz a existência de Deus, dentro de si próprio e na natureza em geral, porque Deus diz no Alcorão Sagrado: "Na criação dos céus e da terra e na alternância do dia e da noite há sinais para os sensatos". (3:190).

E diz: "E também (os há) em vós mesmos. Não vedes, acaso?" (51:21).

Não há dúvida que Deus existe, e é Único; não há nada nem ninguém igual a Ele nos seus Atributos e na sua Essência. O Islão não lança a mentalidade humana para aquilo que ela não tem capacidade de perceber. O Islão está apenas a dirigir a atenção do ser humano para os fatos, que ele próprio pode descobrir se estiver seriamente interessado no uso do seu poder de pensar.
Há muitos versículos no Alcorão Sagrado que nos dão provas positivas da existência de Deus, o Único.

E diz ainda no Alcorão Sagrado:

"Porventura, foram eles criados do nada, ou são eles os criadores? Ou criaram, acaso, os céus e a terra? Não. Mas não se convencem disso". (52:35 e36).

O Alcorão Sagrado explica que para todas as coisas assim como para o Homem, que tem início no tempo, só há três possibilidades para sua existência. Três maneiras de explicar como surgiu:
1. Aparecer a partir do nada;
2. Ser criador de si próprio;
3. Ter um criador fora de si próprio.

A terceira possibilidade não está mencionada no versículo atrás citado, mas deduz-se, uma vez que o versículo foi dirigido às pessoas que recusavam a existência do Criador e diz-lhes que, se não existe um  Criador, então só restam aquelas duas possibilidades.

1o- Aparecer a partir do nada: Ter sido criado do nada, isto é, ter aparecido sozinho ou ser criador por si próprio... É inconcebível algo aparecer a partir do nada.

É oportuno mencionar aqui um debate ocorrido entre o Imame Abu Hanifa e um ateu que dizia que tudo apareceu sozinho.

O tópico do debate era "provar a existência do Criador". Marcada a hora e o local, muita gente se juntou para assistir o debate. O ateu apareceu à hora marcada; porém o Imame atrasou-se. O ateu furioso com a demora do Imame quis saber qual tinha sido o motivo do atraso. O Imame justificou-se, dizendo: "Eu vivo na outra margem do rio. Estava lá a espera do transporte a fim de aqui chegar, contudo não apareceu nenhum. Entretanto, para o meu espanto, vi árvores da margem do rio se cortarem sozinhas e a transformarem-se em barrotes que se juntaram sozinhos e pregos apareceram a pregarem-se sozinhos nos barrotes, transformando-se  num barco. Em tão pouco tempo o barco estava pronto e sozinho começou a movimentar-se na minha direção,  tendo parado à minha frente. Entrei nele e sem ninguém o pilotar começou a andar, até que cheguei a este lado do rio e só assim foi possível eu chegar até aqui". O ateu, furioso, disse: "Vens atrasado e ainda contas histórias que nem uma criança aceita; como é que os barrotes sozinhos se transformaram em barco? Isso é uma loucura, é impossível!" O Imame retorquiu: "Ora se isso é impossível como é que este Universo tão grande, com toda a sua perfeição, sozinhos, sem que ninguém o causasse, tornou-se num Universo? Assim, o nosso debate já terminou". Tijolos, cimento e água não podem juntar-se sozinhos transformando-se em casa e nenhuma outra coisa no mundo pode transformar-se naquilo que ela é, sozinha.
Tem de haver alguém para fazer. Como é que este mundo e nós todos aparecemos sozinhos? Isto não tem lógica.

2o- Ser criador de si próprio: É ainda mais inconcebível que seja criador de si próprio. Se a pessoa fosse criadora de si própria, teria opção na escolha do seu sexo, cor, estatura, etc... Mas é sabido que isso não está no seu poder e mesmo agora, depois de criado não tem poder criativo sobre si próprio; por exemplo: a função do seu sistema digestivo, coração, os órgãos todos, não estão no seu poder, não pode evitar a queda dos cabelos, dentes, nem pode evitar a velhice, a fraqueza, a morte, etc... .

Por conseguinte, a única conclusão é que deve haver um Criador. E, esse Criador é Deus, que cria e controla tudo. Uma vez provado que tudo foi criado por Deus, a Ele temos que adorar exclusivamente e somente a Ele servir e é isso que se chama em arábico Tauhid (Unicidade de Deus).


M. Yiossuf Adamgy –17/02/2017

sexta-feira, fevereiro 03, 2017

As Cores do Islão

O Islão libera todas as pessoas, raças e cores mediante a adoração EXCLUSIVA a Deus!
Acaso, não vos prolongamos as vidas, para que, quem quisesse refletir, pudesse refletir, e não vos chegou o admoestador?»— (Alcorão, 35:37).
Prezados Irmãos,
Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade.
E entre os Seus sinais está a criação dos céus e da terra, a diversidade das vossas línguas e cores ... "Deus perguntou: O que o impediu de se curvar quando eu mandei? Ele disse: eu sou melhor do que ele, porque a mim criaste do fogo e a ele do barro" (Alcorão, 7:12).
Assim começa a história do racismo. Satanás considerava-se superior a Adão com base nas suas origens. Desde aquele dia, Satanás tem enganado muitos dos descendentes de Adão levando-os também a acreditar de serem superiores a outros, fazendo com que persigam e explorem os seus semelhantes. Muitas vezes, a religião tem sido usada para justificar o racismo.
Judaísmo, por exemplo, apesar das suas origens no Médio Oriente, é facilmente confundido com uma religião ocidental; mas a entrada de judeus em todos os níveis da sociedade ocidental, na verdade, trai a realidade elitista do judaísmo. Uma leitura piedosa do seguinte versículo da Bíblia: "... Reconheço que não há outro Deus em toda a terra, senão o de Israel.." (2 Reis 5:15) ... sugeriria que naqueles dias Deus não era adorado senão por israelitas. No entanto, o judaísmo hoje permanece centrado em torno da sua ostentação de superioridade racial, de serem os "escolhidos".
"Dize-lhes: Ó judeus, se pretendeis ser os favorecidos de Deus, em detrimento dos demais humanos, desejai, então, a morte, se estais certos!"(Alcorão, 62: 6).
Paradoxalmente, a grande maioria dos cristãos não são judeus; enquanto Jesus, como o último dos profetas israelitas, não foi enviado a ninguém senão para os judeus. (1)
"E quando Jesus, filho de Maria, disse: Ó filhos de Israel! Eu sou o Mensageiro de Deus enviado  para vós, confirmando a Torá e trazendo novas de um Mensageiro que virá depois de mim, chamado Ahmad (um dos nomes de Muhammad) ... " (Alcorão,61: 6)
E da mesma forma, cada Profeta foi enviado exclusivamente para o seu povo (2), com exceção do Profeta Muhammad (p.e.c.e.). "Dize: Ó humanos, sou o Mensageiro de Deus, para todos vós; Seu é o reino dos céus e da terra. Não há outra divindade além d'Ele. Ele é Quem dá a vida e a morte! Crede, pois, em Deus e em Seu Mensageiro, o Profeta iletrado, que crê em Deus e nas Suas palavras; segui-o, para que vos encaminheis." (Alcorão,7: 158)
Muhammad (s.a.w.) foi o Profeta e Mensageiro final de Deus, a sua missão era universal, dirigida não só para sua própria nação, os árabes, mas para todos os povos do mundo. O Profeta disse: "Todo o Profeta anterior foi enviado para o seu país exclusivamente, enquanto eu fui enviado para toda a humanidade." (Sahih Al-Bukhari)
“E não te enviamos (ó Muhammad) senão como um doador de boas novas e admoestador a todos os homens". (Alcorão, 34:28)
BILAL, O ABISSÍNIO Um dos primeiros a aceitar o Islão foi um escravo abissínio chamado Bilal (r.a). Tradicionalmente, os africanos negros eram pessoas baixas em relação aos árabes, que os consideravam de pouca utilidade para além de entretenimento e escravidão. Quando Bilal (r.a.) abraçou o Islão, o seu amo pagão tinha-o torturado brutalmente no calor do deserto escaldante até que Abu Bakr (r.a.), o amigo mais próximo do Profeta (s.a.w.), o ter resgatado ao comprar a sua liberdade.
O Profeta atribuiu a Bilal a tarefa de chamar os fiéis à oração. O adhan, ouvido dos minaretes em cada canto do mundo, desde então que ecoa as mesmas palavras recitadas por Bilal. Foi assim que um escravo, outrora de baixa condição social, ganhou uma honra única como o primeiro muezzin do Islão.
"Na verdade, enobrecemos os filhos de Adão e os conduzimos pela terra e pelo mar; agraciamo-los com todo o bem e os preferimos enormemente sobre a maior parte de tudo quanto criamos". (Alcorão,17:70)
Os românticos ocidentais exaltam a Grécia antiga como o berço da democracia (3). A realidade é que, sendo escravos e mulheres, à grande maioria dos Atenienses foi negado o direito de escolher os seus governantes. Apesar disso, o Islão estabeleceu que um escravo pudesse ser um governante! O Profeta disse: "Obedeçam ao seu governante, mesmo se for um escravo abissínio." (Ahmad) Como a maioria de seus conterrâneos, Salman (antigo nome de Bilal) foi criado como um devoto Zoroastriano. Apesar disso, depois de um encontro com alguns cristãos, ele aceitou o cristianismo como "algo melhor". Salman, em seguida, viajou para todos os lugares em busca de conhecimento, servindo um e outro monge instruído, o último dos quais lhe disse: "Ó filho! Eu não sei quem está no mesmo (credo) como nós.
Apesar disso, o tempo do aparecimento de um Profeta está próximo. Este Profeta é da religião de Abraão."
O monge então passou a descrever este Profeta, o seu caráter e onde ele apareceria. Salman migrou para a Arábia, a terra de que falava a profecia; e quando ouviu e conheceu a Muhammad, reconheceu imediatamente pelas descrições de seu mestre e abraçou o Islão.
Salman tornou-se famoso pelo seu conhecimento e foi a primeira pessoa a traduzir o Alcorão para outra língua, a persa. Certa vez, enquanto o Profeta (s.a.w.)estava entre os seus Companheiros, o seguinte foi revelado: "Ele foi Quem escolheu, entre os iletrados, um Mensageiro da sua estirpe, para ditar-lhes os Seus versículos, consagrá-los e ensinar-lhes o Livro e a sabedoria, porque antes estavam em evidente erro. E ensinar aos outros que o sucederão, porque Ele é o  Poderoso, o Prudente". (Alcorão ,62: 2-3).
O Mensageiro de Deus, de seguida, colocou a mão sobre Salman e disse: "Inclusive se a fé estivesse próximo de (as estrelas do) Plêiades, um homem de entre estes (persas) seguramente a obteria". (Sahih Muslim).
SUHAIB, O ROMANO
Suhaib nasceu com privilégios na luxuosa casa de seu pai, que era um governador em nome do imperador persa. Ainda criança, Suhaib foi capturado pelos invasores bizantinos e vendido como escravo em Constantinopla.
Suhaib conseguiu escapar do cativeiro e fugiu para Meca, um lugar popular de asilo, onde logo se tornou um próspero comerciante com o apelido de "Ar-Rumi", o romano, por causa da sua linguagem e educação bizantina. Quando Suhaib ouviu o Profeta Muhammad (s.a.w.) a pregar, convenceu-se, imediatamente, da verdade da sua mensagem e abraçou o Islão. Como todos os primeiros muçulmanos, Suhaib foi perseguido pelos pagãos de Meca. Então trocou toda a sua riqueza para a passagem segura para se juntar ao Profeta em Medina.
O Profeta (s.a.w.), satisfeito ao ver Suhaib, cumprimentou-o três vezes, dizendo: "A tua troca foi frutífera, ó Suhaib! A tua troca foi frutífera! A tua troca foi frutífera!" Deus tinha informado o Profeta da ação de Suhaib antes de se encontrar com ele, através desta revelação: "E entre os homens há também aquele que se sacrifica para obter a complacência de Deus, porque Deus é Compassivo para com os servos". (Alcorão, 2:207).
O Profeta (s.a.w.) amava muito a Suhaib, e descreveu-o como tendo precedido os romanos para entrar no Islão. A piedade de Suhaib e a sua posição entre os primeiros muçulmanos eram tão altas que, quando o Califa Umar (r.a.) estava no seu leito de morte,  a Suhaib para os liderar até que entrassem em acordo, entre si, acerca de um sucessor.
ABDULLAH, O HEBREU
Os judeus pertenciam a outro povo, vivendo entre os árabes pré-islâmicos, especialmente em dina. Muitos judeus e cristãos esperavam que aparecesse um novo profeta na Arábia durante a época do Profeta Muhammad (s.a.w.). Os judeus da tribo levita, em particular, tinham assentado, em grande número, em torno da cidade de Medina. Apesar disso, quando o tão anunciado Profeta chegou, não como um hebreu filho de Israel, mas sim como um árabe descendente de Ismael, os judeus rejeitaram-no. Exceto uns poucos, como Hussein bin Salam. Hussein era o rabino mais erudito e líder dos judeus de Medina, mas foi denunciado e desprezado por eles, quando abraçou o Islão. O Profeta (s.a.w.) deu um novo nome a Hussein: "Abdullah", que significa "Servo de Deus" e deu-lhe a boa notícia de que estava destinado ao Paraíso. Abdullah dirigiu-se aos seus companheiros de tribo dizendo: "Ó judeus! Sejam conscientes de Deus e aceitem o que Muhammad trouxe. Por Deus! Vós sabeis que ele é o Mensageiro de Deus e podeis encontrar profecias sobre ele e a menção do seu nome e suas características na Torá. Eu, por minha parte, declaro que ele é o Mensageiro de Deus. Eu tenho fé nele e acredito que ele é verdadeiro. Eu reconheço-o". Deus revelou o seguinte sobre Abdullah:"Dize: Vede! Se (o Alcorão) emana de Deus e vós o negais, e mesmo um israelita (Abdullah) confirma a sua autenticidade e nele crê, vós vos ensoberbeceis! Sabei que Deus não ilumina os iníquos!" (Alcorão,46:10)
Desta forma, nas fileiras dos Companheiros do Profeta Muhammad (s.a.w.) havia africanos, persas, romanos e israelitas; representantes de cada continente conhecido. Como o Profeta (s.a.w.) disse: "Na verdade, os meus amigos e aliados não são a tribo de tal e tal. Em vez disso, os meus amigos e aliados são os piedosos, onde quer que estejam". (Sahih Al-Bukhari, Sahih Muslim)
Esta fraternidade universal pregada pelo Islão foi liderada pelos Companheiros do Profeta depois dele. Quando o Companheiro Ubada bin As-Samit (r.a.) liderou uma delegação para falar com Muqawqis, o patriarca cristão de Alexandria exclamou: "Tirem esse homem negro para longe de mim, e no seu lugar tragam-me um outro para me falar ... Como podeis vós estar felizes tendo um homem negro como o primeiro entre vós? Não seria melhor que ele estivesse abaixo de vós? " "Não é verdade! " - Responderam os camaradas de Ubada: "embora ele seja negro, como pode ver, ele é o primeiro, na posição, inteligência e sabedoria entre nós; pois a pessoa negra não é desprezada entre nós". "Na verdade, os crentes são todos irmãos uns dos outros ..." (Alcorão, 49:10)
É a Hajj, ou Peregrinação a Meca, que continua a ser o último símbolo de unidade e fraternidade entre os seres humanos. Aqui, os ricos e os pobres, de todas as nações, se prostram e se erguem em uníssono perante Deus no que é a maior reunião da humanidade, testemunhando sobre as palavras do Profeta (s.a.w.), quando ele disse: "Na verdade, não há superioridade de um árabe sobre um não-árabe ou de um não-árabe sobre um árabe, ou de uma pessoa branca sobre uma negra ou de uma pessoa negra sobre uma pessoa branca, exceto em piedade." (Ahmad).
E isso confirma o Alcorão, quando diz: “Ó humanidade! Na verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea e vos dividimos em povos e tribos, para reconhecerdes uns aos outros. Sabei que o mais honrado, dentre vós, ante Deus, é o mais temente. Sabei que Deus é Sábio e está beminteirado”. (Alcorão, 49:13)
No que diz respeito ao nacionalismo, que visa a criação de facções entre os muçulmanos por linhas  étnicas e tribais, isso é considerado uma inovação má. "Dize-lhes: Se vossos pais, vossos filhos, vossos irmãos, vossas esposas, vossa tribo, os bens que tenhais adquirido, o comércio, cuja estagnação temeis, e as casas nas quais residis, são-vos mais queridos do que Deus e Seu Mensageiro, bem como a luta por Sua causa, aguardai, até que Deus venha cumprir os Seus desígnios. Sabei que Ele não ilumina os depravados". (Alcorão 9:24)
O Profeta (s.a.w.) disse: "... Quem quer que lute sob a bandeira dos cegos, tornando-se raivoso pelo nacionalismo, chamando ao nacionalismo ou ajudando o nacionalismo, e morra, então, deve ter sido como se tivesse morrido na jahiliya (ou seja, na ignorância e descrença pré-islâmica)". (Sahih Muslim)
Em lugar disso, o Alcorão diz: "Quando os incrédulos fomentaram o fanatismo  da idolatria - em seus corações, Deus infundiu o sossego no Seu Mensageiro e nos fiéis, e lhes impôs a norma da moderação, pois eram merecedores e dignos dela; sabei que Deus é Omnisciente". (Alcorão, 48:26)
Na verdade, os muçulmanos constituem um único corpo e uma supra-nação, como o Profeta (s.a.w.) explicou: "A parábola dos crentes em seu amor e misericórdia mútuos é como um corpo vivo: se uma das partes sente dor, todo o corpo sofre de insônia efebre". (Sahih Muslim).
O Alcorão confirma esta unidade: "E, deste modo, (ó muçulmanos), constituímos-vos em uma nação de centro (moderada e justa), para que sejam testemunhas da humanidade, assim como o Mensageiro o será para vós". (Alcorão 2: 143). Talvez uma das maiores barreiras para a aceitação do Islão por parte de muitos ocidentais seja a falácia de que é fundamentalmente uma religião para Orientais ou para pessoas de pele escura. Sem dúvida, as injustiças raciais contra muitos negros, sejam escravos abissínios da Arábia pré-islâmica ou afro-americanos doséculo XX, levaram muitos a abraçar o Islão. Mas isso não vem ao caso. O próprio Profeta Muhammad (s.a.w.) era de pele esbranquiçada, descrito por seus Companheiros como "branco e vermelhado", uma descrição que dezenas de milhões de crentes árabes, berberes e persas compartilham. Mesmo loiros de olhos azuis não são tão raros entre os novos habitantes do Médio Oriente. Além disso, a Europa tem mais muçulmanos brancos do que imigrantes "de cor". Os Bósnios, por exemplo, cujos números foram dizimados no final do século XX, mas que, por causa de seu heroísmo e tradição de tolerância, têm contribuído grandemente para a paz e estabilidade nos Balcãs. Da mesma forma Albaneses, descendentes dos antigos Ilírios da Europa, também são, na sua maioria, muçulmanos. Na verdade, um dos principais eruditos muçulmanos do século XX, o Imame Muhammad Nasir-ud-Deen Allbani, era, como o próprio nome sugere, albanês."... Na verdade, criamos o ser humano na melhor das formas". (Alcorão, 5: 4)
Os brancos foram chamados de "Caucasianos" desde que os antropólogos declararam as montanhas do Cáucaso, lugar dos picos mais altos da Europa, como o "berço da raça branca". Hoje, os nativos dessas montanhas são muçulmanos. Entre uma das tribos pouco conhecidas de alpinistas ferozes e mulheres graciosas estão os circassianos, conhecidos pela sua valentia ebeleza, e que, como governantes mamelucos da Síria e do Egipto, ajudaram a defender o mundo civilizado e salvaguardar as suas terras sagradas de assaltos das hordas mongóis. Depois, há os chechenos brutalmente perseguidos, discutivelmente as mais indomáveis detodas as criaturas de Deus, cuja tenacidade e resistência tem ajudado a evitar o destino dos circassianos. Por outro lado, mais de 1.000.000 de caucasianos brancos, de América e do norte da Europa - anglo-saxões, francos, alemães, escandinavos e celtas incluídos agora professam o Islão. Na verdade, o Islão entrou pacificamente em certas partes da Europa antes do Cristianismo: "Há muito tempo, quando o eslavo russo não tinha começado a construir igrejas cristãs no Oka, nem tinha conquistado esses lugares em nome da civilização européia, o búlgaro ouvia o Alcorão nas margens do Volga e Kama". (Solov'ev, 1965). Em 16 de Maio de 2, o Islão tornou-se a religião oficial do estado dos búlgaros do Volga, com quem os búlgaros de hoje partilham um ancestral comum. Toda a fé além do Islão chama de alguma forma, a adoração de algum ser criado. Além disso, raça e cor desempenham um papel central e divisionista em quase todos os sistemas de crenças não-islâmicas. Uma deificação cristã de Jesus e dos santos ou uma deificação budista de Buddha e dos Dalai Lama têm pessoas de uma raça e uma cor particular que está a ser adorada em derrogação de Deus. No judaísmo, a salvação é separada dos gentios não-judeus. O sistema de castas hindu também separa as aspirações espirituais, sócio-políticas e econômicas das castas mais baixas "impuras”. O Islão, apesar disso, procura unificar todas as criaturas do mundo em torno da Unidade e Unicidade de seu Criador. Desta forma, só o Islão liberta todas as pessoas, raças e cores mediante a adoração EXCLUSIVA de Deus.
"E entre os Seus sinais está a criação dos céus e da terra, as variedades dos vossos idiomas e das vossas cores. Na verdade, nisto há sinais para os que discernem". (Alcorão 30:22)
 (1) - A Bíblia apóia este conceito. Foi relatado que Jesus disse: "Não fui enviado senão às ovelhas perdidas de Israel". (Mateus 15:24). Assim, cada um dos seus famosos 12 discípulos era judeu israelense. A passagem bíblica específica em que Jesus lhes diz: "Ide, pois, ensinai todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mateus 28:19), comumente citada para provar a missão aos gentios e para provar a Trindade, não tem qualquer precedente no manuscrito do século XVI, e,portanto, é considerado uma "fraude piedosa".
(2) - "Enviamos a cada nação um mensageiro". (Alcorão 16:36)
(3) - A democracia é uma invenção do Oriente Médio, visto pela primeira vez na civilização de Ebla no terceiro milênio aC, e mais tarde na Fenícia e na Mesopotâmia durante o século XI aC. Ela não apareceu em Atenas no século V aC.
Quem não pretender continuar a receber estas reflexões, por favor, dê essa indicação e retirarei o respectivo endereço desta lista.
Obrigado. Wassalam.

M. Yiossuf Adamgy –26/01/2017

quarta-feira, fevereiro 01, 2017

Relações Sexuais no Islam

Bismillah!Em nome Deus, O Misericordioso. Louvado seja Allah, o Senhor dos mundos. Testemunho que não há divindade além de Allah e que Muhammad (saws) é seu servo e mensageiro.

Um assunto muito importante na sociedade no dias de hoje, as relações sexuais e por ventura o casamento. Esses assuntos são sérios e não devem ser tratados como brincadeiras. Tanto que em um relato em que o Profeta(saws) falava sobre caridade ele inclui as relações sexuais, então disseram-lhe: “Ó Mensageiro de Deus, o fato de que um satisfaça o seu desejo, isso também é merecedor de recompensa?” Respondeu o Profeta: “Porventura, se o tivesse satisfeito de modo ilícito, não teria cometido uma falta? Desse mesmo modo, será recompensado quando o satisfizer de modo legítimo.”
  1.   No Islam é proibido ter relações sexuais antes do casamento, E aqueles que guardam as suas partes privadas excepto com as suas esposas; nisso não serão censurados. Porém, aqueles que procurarem algo além disso, serão (considerados) transgressores.” (Cap. 23 Vers. 5 a 7),mas mesmo no casamento há algumas regras que devem ser observadas:
  • A relação entre o casal
A relação sexual é permitida em qualquer posição, sempre e quando a penetração se realizar por via vaginal. A respeito Allah disse:
Vossas mulheres são, para vós, como campo lavrado.  Então, achegai-vos a vosso campo lavrado, como e quando quiserdes.‘ (2:223) (Campo lavrado é o que está pronto para receber a semente da vida)
O campo lavrado é uma metáfora que alude ao lugar onde o feto cresce e se desenvolve, ou seja, o útero, por isso  o coito anal é proibido uma vez que não se trata de um lugar fértil. Daí a relação sexual não cumpriria sua principal função que é o da procriação da espécie. 
O Profeta (saws) disse:  De frente ou de espalda, sempre que seja pela vagina.’ (Bukhari, Muslim)
Narrou Khuzaima Ibn Zabit (ra) : ‘ Um homem perguntou ao Profeta (saws) sobre penetrar em sua mulher de espaldas, e ele respondeu : ‘ É licito ‘. E quando o homem deu meia volta para partir, o Profeta (saws) o chamou e lhe perguntou : ‘ O que disse ? A qual via se referia ? Se o que quis dizer foi de espaldas e por sua vagina, então sim, é licito. Mas se o que quis dizer foi de espaldas e por via anal, então não, não é licito. Por certo Allah não se envergonha da verdade ! Não penetreis as vossas esposas por via anal! ‘ (Ibn Majah 1924)
Também disse o Profeta (saws) :Allah não olhara a quem penetre a sua esposa pelo ânus. ‘ (Ibn Majah 1923)
  • A proibição de manter relações sexuais durante o período menstrual
Allah proibiu as relações sexuais durante o período menstrual. Disse no Quran Karim :
‘ E perguntam-te pelo menstruo. Dize : ‘ É moléstia. Então, apartai-vos das mulheres, durante o menstruo, e não vos unais a elas, até se purificarem. E, quando se houverem purificado, achegai-vos a elas por onde Allah vos ordenou. Por certo, Allah ama os que se voltam para Ele, arrependidos, e ama os purificados. ‘ (2 :222)
O Mensageiro de Allah (saws) também proibiu de maneira explicita. Em algumas ocasiões disse : ‘ Quem manter relações sexuais durante o período menstrual, ou penetrar sua mulher por via anal, ou consultar um adivinho e crer no que ele disse, haverá negado tudo o que foi revelado a Muhammad. ‘ (Ibn Majah) 

 2. A Masturbação

Uma das vias distorcidas pelas quais a juventude recorre para satisfazer os seus prazeres sexuais é a masturbação, ou seja, esfregar com as mãos os seus órgãos genitais.
A masturbação é proibida no Islam, tanto que em uma vez o Profeta (saws) listou um grupo de sete pessoas a quem ALLAH no Dia de Quiyámat, não lhes olhará, nem os purificará (salvo se eles arrependerem-se), e entre esses sete grupos ele inclui o daquele que se masturba.
O jejum é um modo de parar o impulso sexual, quando não se pode casar, a relatos de Al-Bukhari e Musslim em que o Profeta(saws) diz: ”Ó Assembléia de Jovens! Quem de entre vós puder casar que case, porquanto isso ajudar-vos-á a controlar os olhares e proteger-vos-á as partes privadas. E quem não puder casar, que torne para si o jejum compulsivo, porque isto quebra os prazeres."

  3. A Zina

Zina é palavra usada tanto para o adultério, como para a fornicação, os dois são atos proibidos"O adultério dos olhos é olhar para aquilo que é Harám; o adultério dos ouvidos é ouvir aquilo que é Harám; o adultério da língua é falar aquilo que é Harám ; o adultério das mãos é tocar aquilo que é Harám; o adultério dos pés é andar em direção ao Harám; o adultério do coração é desejar aquilo que é Harám; o adultério da parte íntima é quando ela pratica aquilo que é Harám."

"Deus não dirá (palavras de bondade e misericórdia) para três tipos de gente nem olhá-los-á (com olhares de misericórdia) nem purificá-los-á -, e para eles estará reservado um castigo doloroso--
     - O velho adúltero,
     - O rei ou líder mentiroso,
     - O necessitado arrogante”.
O velho adúltero é mencionado, pois ALLAH sabe que os jovens agem mais por impulsos, enquanto uma pessoa experiente estar com menos impulsos sexuais, e mais madura para resistir as tentações.
Pedimos a Deus que nos dê forças para resistirmos as tentações, e que nos conceda a paz.

ALLAH AKBAR


Asalamo Alaikom, 

  
Takir Abdullah

domingo, janeiro 22, 2017

Dr. Garry Miller: Um Importante Missionário Cristão - Converte-se ao Islão

O conhecimento do Profeta acerca das profecias passadas e futuras : «Acaso, não vos prolongamos as vidas, para que, quem quisesse refletir, pudesse refletir,e não vos chegou o admoestador? (Alcorão, 35:37). Dr. Garry Miller

Prezados Irmãos,

Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma,crença ou sociedade.

Um missionário Cristão deveras importante converteu--se ao Islão e tornou-se um arauto essencial para o Islão; trata-se de um missionário extremamente ativo e um grande conhecedor da Bíblia...

Este homem aprecia imenso a Matemática, motivo pelo qual aprecia também a Lógica. Um dia, decidiu ler o Alcorão, na esperança de encontrar alguns erros que o pudessem ajudar aquando do convite a Muçulmanos para converterem-se ao Cristianismo.... Esperava ele que o Alcorão fosse um velho livro escrito há 14 séculos, um livro que falasse sobre o deserto e assim por diante.... Ficou maravilhado com o que descobriu.

Descobriu que este Livro contém o que nenhum outro livro do Mundo possui...Ele esperava encontrar relatos sobre os difíceis tempos vividos pelo Profeta Muhammad (que a paz esteja com ele), como a morte da sua esposa Khadijah (que Allah esteja satisfeito com ela) ou a morte dos seus filhos e filhas...todavia, ele não encontrou nada disso...e o que o confundiu ainda mais foi a descoberta de todo um Capítulo (Sura) inteiro no Alcorão denominado “Maria”, com imensa informação sobre Maria (que a paz esteja com ela), o que não é o caso em livros escritos por Cristãos e nem mesmo nas suas Bíblias.

Na sua pesquisa, ele não encontrou no Alcorão nenhum Capítulo denominado "Fatimah" (a filha do Profeta) ou um denominado “Amina” (a mãe do Profeta) ou "Aishah" (a esposa do Profeta), que Allah (Deus) esteja satisfeito com ambas as três. Descobriu também que o nome de Jesus (que a paz esteja com ele) é mencionado 25 vezes no Alcorão, enquanto o de Muhammad (que a paz esteja com ele) é mencionado apenas 4 vezes, o que o deixou ainda mais confuso. Ele começou a ler o Alcorão mais cuidadosamente, na esperança de encontrar um erro, mas ficou chocado ao ler um importante versículo, que é o versículo número 82 no Capítulo 4, Al-Nisa'a (As Mulheres), que diz: «Não meditam, acaso, no Alcorão? Se fosse de outra origem, que não de Deus, haveria nele muitas discrepâncias».

Relativamente a este versículo, o Dr. Miller diz o seguinte: “Um dos bem conhecidos princípios científicos é o de encontrar erros ou procurar erros numa teoria, até que a sua veracidade seja provada (Teste da Falsificação) ... o que é extraordinário é que o Sagrado Alcorão pede aos Muçulmanos e aos não Muçulmanos que procurem encontrar erros neste Livro e diz-lhes que nunca encontrarão nenhum”. Sobre este versículo, acrescenta também: “nunca nenhum escritor escreveu um livro e afirmou a sua isenção de erros; contudo, e pelo contrário, o Alcorão afirma-nos a não existência de erros e pede-nos que busquemos pelo menos um, sem que o encontremos”.

Um outro versículo sobre o qual o Dr. Miller reflete por muito tempo é o versículo 30 do Capítulo 21, "Al Anbiya'a" (Os Profetas)
«Não vêm, acaso, os incrédulos, que os céus e a terra eram uma só massa, que desagregamos, e que criamos todos os seres vivos da água? Não creem ainda?»

Diz ele: “este versículo é precisamente o tema da pesquisa científica que ganhou o Prémio Nobel em 1973, e que abordou a teoria da “Grande Explosão”.

Segundo esta teoria, o Universo foi o resultado de uma grande explosão que levou à formação do Universo, com Céus e Planetas”.

O Dr. Miller continua dizendo: “agora, chegamos à parte surpreendente relativamente ao Profeta Muhammad (que a paz esteja com ele) e à pretensão de que foi o diabo a ajudá-lo, ao que Deus diz:

«Quando leres o Alcorão, ampara-te em Deus contra Satanás, o maldito». (16:98): “Veem? Pode ser esta a forma do satanás escrever um livro? Como poderia ele escrever um livro e dizer depois para pedir a proteção de Deus contra o demônio antes 
de ler esse livro? Estes são versículos miraculosos neste livro miraculoso!”. E entre as histórias que maravilharam o Dr. Miller consta a história do Profeta (que a paz esteja com ele) com Abu-Lahab...O Dr. Miller diz: “este homem (Abu Lahab) odiava de tal forma o Islão que perseguia o Profeta (s.a.w.) onde quer que ele fosse, para o humilhar. Caso visse o Profeta (s.a.w.) a falar com estranhos, esperava até ele terminar e, depois, perguntava-lhes: o que foi que Muhammad vos disse? Se ele disse que é branco, então, é porque na verdade é preto, e se disse que é noite, é porque é dia”. A sua pretensão era a de falsear tudo o que o Profeta dissesse e fazer com que as pessoas desconfiassem dele. E 10 anos antes da morte de Abu Lahab, o Profeta foi inspirado por Um Capítulo, denominado "Al-Masad". Este Capítulo diz que Abu Lahab irá para o Inferno ou, por outras palavras, que Abu Lahab não se converteria ao Islão.

Durante 10 anos, Abu Lahab poderia ter dito: “Muhammad diz que não me tornarei Muçulmano e irei para o Inferno, mas digo-vos agora que pretendo converter-me ao Islão e tornar-me Muçulmano. O que pensam de Muhammad agora? Ele está a dizer a verdade ou não?

A sua inspiração provém de Deus?”. Mas Abu Lahab não o fez, embora desobedecesse ao Profeta de todas as formas, mas não nesta. Por outras palavras, era como se o Profeta (que a paz esteja com ele) estivesse a dar uma oportunidade a Abu Lahab de provar que ele estava errado! Mas ele não o fez durante 10 longos
anos! Não só não se converteu ao Islão, como não fingiu sequer ser muçulmano! Ao longo de 10 anos, ele teve a oportunidade de destruir o Islão num minuto! Mas isso não aconteceu, porque aquelas palavras não eram de Muhammad (que a paz esteja com ele), mas sim de Deus, que é Quem sabe o que está oculto e sabia que Abu Lahab não se tornaria Muçulmano.

Como poderia o Profeta (que a paz esteja com ele) saber que Abu Lahab confirmaria o que é dito nesta Sura, se esta não fosse inspirada por Allah? Como poderia ele ter a certeza que ao longo de 10 anos o que está presente no Alcorão é verdade, se não soubesse que a sua inspiração provinha de Allah? Para uma 
pessoa assumir tal risco, isto significa apenas uma coisa: que a sua inspiração provém de Deus. 
A Sura 111, Al-Masad:

1. Que pereça o poder de Abu Láhab e que ele pereça também!

2. De nada lhe valerão os seus bens, nem tudo quanto lucrou.

3. Entrará no fogo flamígero,

4. Bem como a sua mulher, a portadora de lenha,

5. Que levará ao pescoço uma corda de esparto.

O Dr. Miller fala de um versículo que o fascinou: um dos milagres no Alcorão é o de desafiar o futuro com factos que os humanos não podem prever e aos quais o “Teste da Falsificação” se aplica, teste que procura por erros até que aquilo que é testado prova ser verdadeiro. 

Por exemplo, vejamos o que o Alcorão diz quanto às relações entre Judeus e Muçulmanos. O Alcorão diz que os Judeus são os principais inimigos dos Muçulmanos, o que é verdade até aos dias de hoje, e que os maiores inimigos dos Muçulmanos são os Judeus.

O Dr. Miller prossegue: «isto é considerado um desafio enorme, visto os Judeus terem a possibilidade de arruinar o Islão simplesmente pela alteração do seu comportamento, tratando durante anos os Muçulmanos de forma amigável e dizer depois: “tratamos-vos como amigos e o Alcorão refere que somos vossos inimigos, pelo que o Alcorão não pode estar certo!” Todavia, isto 
não aconteceu durante 1400 anos! E nunca acontecerá, porque aquelas eram as palavras do Único que conhece o desconhecido (Deus) e não as palavras dos Homens.»

O Dr. Miller continua: “conseguem apreender como o versículo referente à inimizade entre Muçulmanos e Judeus representa um desafio para a mente humana?”: «Constatarás que os piores inimigos dos fiéis, entre os humanos, são os judeus e os idólatras.

Constatarás que aqueles que estão mais próximos do afeto dos fiéis são os que dizem: Somos cristãos! porque possuem sacerdotes e não ensoberbecem de coisa alguma. E, ao escutarem o que foi revelado ao Mensageiro, tu vês lágrimas a lhes brotarem nos olhos; reconhecem naquilo a verdade,dizendo: Ó Senhor nosso, cremos! Inscreve-nos entre os testemunhadores! E por que não haveríamos de crer em Deus e em tudo quanto nos chegou, da verdade, e como não haveríamos de aspirar a que nosso Senhor nos contasse entre os virtuosos? - (5:82-84).

Estes versículos aplicam-se ao Dr. Miller, uma vez que ele era cristão, mas, ao conhecer a verdade, acreditou e converteu-se ao Islão e tornou-se um arauto. Que Allah o ajude.

O Dr. Miller fala do estilo único do Alcorão, o qual considera maravilhoso: “sem dúvida alguma, existe algo único e surpreendente no Alcorão que não se encontra em mais lado nenhum, visto o Alcorão conceder-nos uma informação específica e diz-nos o que não sabíamos antes. Por exemplo: «Estes são alguns relatos do incognoscível, que te revelamos (ó Mensageiro). Tu não estavas presente com eles (os judeus) quando, com setas, tiravam a sorte para decidir quem se encarregaria de Maria; tampouco estavam presentes quando rivalizavam entre si». (3: 44).

«Esses são alguns relatos do incognoscível que te revelamos, que os não conhecias tu, nem o teu povo, antes disso. Persevera, pois, porque a recompensa será para os tementes». (11: 49). «Esses são alguns relatos do incognoscível que te revelamos. Tu não estavas presente com eles quando tramaram astutamente». (12: 102)

O Dr. Miller prossegue: “nenhum outro Livro Sagrado usa este estilo, todos os outros livros consistem em informações que vos referem de foram extraídas. Por exemplo, quando a Bíblia Sagrada (deturpada) fala das histórias das antigas nações, diz-nos que um rei viveu num determinado local e que combateu em tal batalha, e que certa pessoa era pai de um determinado número de filhos e que os seus nomes eram...mas este livro (a Bíblia deturpada) diz-nos sempre que, caso queiramos saber mais, podemos ler tal livro, visto a informação provir daí”.

Continuando, o Dr. Miller diz: “no Alcorão verifica-se o contrário: dá-nos a informação e diz-nos que é nova! E o que é surpreendente é que o povo da Meca de então – a era da inspiração – costumava ouvir aqueles versículos e o desafio que as informações nesses versículos eram novas e não eram conhecidas por Muhammad (que a paz esteja com ele) e, não obstante o facto, nunca disseram: sabemos isso e isso não é novo, e sabemos onde Muhammad encontrou esses versículos. Isto nunca aconteceu; o que aconteceu foi que ninguém se atreveu a acusá-lo de mentir-lhes, porque tratava-se de informação verdadeiramente nova, que provinha não da mente humana, mas de Allah, que conhece o invisível no passado, no presente e no futuro”.

Que Allah recompense o Dr. Miller por esta bonita reflexão sobre o Livro de Allah.
Por: M. Yiossuf Adamgy – 19/01/2017( Obs: Preservamos a grafia de Portugal).

sexta-feira, janeiro 20, 2017

AS MÃOS E OS DEDOS.

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus) Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso), Alhamdulillah! Todos os Louvores para Allah Subhanahu Wa Taala, Criador de tudo o que existe. Allah criou o ser humano e o dotou de membros adequados para que possa ver, escutar, caminhar e muito mais. Deu aos seres humanos as mãos e os dedos. Se Ele quisesse, cada dedo seria composto por um único osso. Mas Allah com a Sua Misericórdia, dividiu os ossos dos nossos dedos em 28 partes para facilitar a mobilidade e a execução das nossas tarefas. Por isto e por muito mais, não deveríamos ser agradecidos? Bênçãos para o Selo da Profecia, Muhammad Mustafá (Salalahu Aleihi Wa Salam), o espelho do Islam, o Profeta da Misericórdia.

O dedo indicador direito é o dedo mais expressivo, o mais utilizado, que serve para apontar, indicar uma direcção, amostrar algo ou enfatizar algumas expressões. Durante as aulas ou conferências, levantamos o dedo indicador direito para pedir a palavra. Para escrever, utilizamos o mesmo com o apoio de outros dois dedos. É o dedo indicador direito o mais utilizado para as impressões digitais. É o mais importante e por isso chamado “o dedo do equilíbrio”. 

Nas orações, na posição de sentados - Tashahhud, recitando At-Tahiyyato, quando chegamos à declaração da fé, testemunhando a Unicidade de Allah, levantamos o dedo indicador direito e recitamos: Ash hadu alla ilaha illa Allah, wa ash hadu anna Mohammadan abduhu wa rasuluhu - Testemunho que não há outra divindade senão Allah e que Muhammad é o seu Mensageiro. Outros quando ouvem o Azan, quando o muezin diz a declaração de fé, olham para o alto e apontam o dedo direito indicador. Também o fazem quando dizem “Lá-iláha ilaAllah”, em sinal da existência de um só Deus. Ao fazer as nossas preces, levantamos as nossas duas mãos e pedimos ao Senhor da Soberania, o Criador dos mundos, para nos ajudar a encontrar o caminho da verdade e não o da perdição.

No entanto, o dedo indicador da mão direita é também utilizado para outros fins. Quando zangados, apontamos e enfatizamos o dedo em riste para as pessoas. Com a ajuda de outro dedo, apontamos dois dedos em sinal de vitória. Para simbolizarmos o “Like”, basta só um dedo. Apontamos dois dedos para mancharmos a reputação do outro! E também um só dedo pode servir para insultar o próximo. Levantamos o braço, com o punho cerrado ameaçando outros e até os agredimos. 

Com a palma da mão virada para baixo, referimos que fulano de tal é baixo, mas duma forma pejorativa. O Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wa Saalam), chamava a atenção dos seus familiares quando utilizavam palavras e gestos para “ofender” alguém como foi o caso de Aisha (Radiyalahu an-há), ao falar de Saffiya, dizendo tal e tal e um terno que significa de que ela é duma estatura baixa. O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) repreendeu-a, dizendo: “Você disse uma palavra que se fosse misturado no mar, o mesmo mudaria de cor”. Sunan Abu Dawood. 41/4857. Hadice.

Todos os órgãos do nosso corpo testemunharão a favor ou contra nós. Nesse dia, selaremos as suas bocas; porém, as suas mãos Nos falarão e os seus pés confessarão tudo quanto tiverem cometido.” Cur’ane 36:65. Depois de milhares / milhões de anos à espera da ressurreição, do pó do qual nos transformaremos, voltará a dar corpo aos nossos órgãos. Pelo Dia da Ressurreição!”. Cur’ane 75:1 No Surat “Quiámat”, Deus jura pelo Dia da Ressurreição, lembrando aos humanos, a sua importância. Através duma simples gota colocada no ventre da mãe, que se transforma num coágulo de sangue, Deus forma e molda os membros. A partir do coágulo, o Criador faz o masculino e o feminino. Será que Ele não terá poder para voltar a dar a vida aos mortos? Se Ele quisesse, teria colocado um só osso em cada um dos nossos dedos das mãos e dos pés, mas separou e dividiu cada osso, para facilitar a nossa mobilidade. E Ele não é capaz de reencontrar e reagrupar todos os ossos para voltar a formar as mãos e os pés? “Acaso pensa o homem que não reuniremos os seus ossos? Claro que sim! Somos capazes de fazer as extremidades dos seus dedos”. Cur’ane 75:3:4. Allahu Akbar!

Como forma de purificarmos os pecados cometidos pelas nossas mãos, em especial pelos nossos dedos, Muhammad ﷺ recomendou-nos quando estivermos a fazer o zikr (recordação do nosso Criador), para também contarmos com os dedos os números de Louvores a Allah, como por exemplo, quando dizemos Subhánallah, Al-hamduliláh e Lá-iláha ilaAllah. Porque os dedos também testemunharão a nosso favor. Abdullah Ibn Amr ibn al-As (Radiyalahu an-hu), referiu que viu o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) contando com os seus dedos, quando glorificava a Deus, o Altíssimo.

“Uma mão lava a outra e as duas mãos lavam a cara”. Um provérbio Português bem conhecido entre nós. Significa a ajuda mútua, um momento de misericórdia entre os seres humanos. Mesmo com pouco, podemos ajudar a quem necessita. Um aperto de mão, um abraço e uma palavra amiga.

Para nos preparamos para as orações diárias, fazemos as abluções. Uma mão lava a outra e as duas mãos lavam a cara e a água que escorre durante o uzhú, é como os pequenos pecados que se esvaziam entre os nossos dedos. SubhanaAllah!

IYÁ HADI IHDINAS SIRARAATAL MUSTAQUIM - Ó nosso Guia, guia-nos para o bom caminho.
Wa ma alaina il lal balá gul mubin" "E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem". Surat Yácin 36:17. “Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.

Cumprimentos

Abdul Rehman Mangá

18/01/2017

sexta-feira, janeiro 06, 2017

O fanatismo é divisão entre religiões Muitas vezes, a ignorância revestida de sabedoria é a primeira causa da intolerância

«Acaso, não vos prolongamos as vidas, para que, quem quisesse refletir, pudesse refletir, e não vos chegou o admoestador?»— (Alcorão, 35:37).
Prezados Irmãos,
Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que e representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade.
O mundo inteiro – e o nosso querido país não é exceção – não é lugar de harmonia, compreensão e tolerância, mas o contrário.
É viveiro de divisão, de violência, de desunião, de guerra, de destruição, de injustiça, de intransigência. E estes afrontamentos não só se dão nos campos financeiros, econômicos ou políticos, se não inclusivamente, e ultimamente com maior incidência, no religioso. Às vezes atenta-se derramando sangue; mas outras vezes, utilizando tinta.
Por isso, bem se diz que “a palavra é mais poderosa que o canhão”. Daí é que há que ser muito cuidadoso na hora de destapar velhas feridas, sobretudo, quando se consideravam definitivamente superadas.
...Hans Küng, teólogo e historiador das religiões, colega e amigo durante anos do Cardeal Ratzinger (depois Papa Benedicto XVI) na Universidade Alemã de Tubinga, manifestam as suas famosas frases programáticas:
Não haverá paz entre nações sem paz entre as religiões. Não haverá paz entre as religiões sem diálogo entre as religiões. Não haverá diálogo entre as religiões se não se investigam os fundamentos das religiões. E a isso acrescenta: O problema que se apresenta é o fanatismo religioso, o qual se encontra em todas as religiões e eu acrescento, e também entre os que não crêem nelas”.
“Se estou sentado na mesma mesa - continua dizendo Hans Küng - com judeus e muçulmanos, tenho que partir de que cada uma das 3 religiões é para os seus seguidores uma religião verdadeira. Então tenho que aceitá-lo também como cristão”, e logo acrescenta:
 “Se se adota a perspectiva interna, está claro que cada um dos representantes destas religiões tem, do mesmo modo que eu, a sua própria convicção e fé, uma convicção que sob nenhum conceito queria sacrificar simplesmente por amor à paz. Para mim, como cristão, diz Hans Küng, Jesus cristo significa “o caminho, a verdade e a vida”, mas ao mesmo tempo reconheço que “o caminho, a verdade e a vida” são para o judeu, a Torá e para o muçulmano, o Alcorão. Desta maneira é possível uma convivência baseada no mútuo respeito “...
Pelo contrário, o fanatismo é causa de toda a violência. Os fanáticos que crêem unicamente na sua fé ou nos seus princípios e não toleram que outros pensem diferente deles, estão perdidos; e pelos seus métodos desproporcionados e violentos, estão fora do mesmo grupo religioso, que dizem representar.
Nesta espiral de negatividades, tanto mais necessário se faz, que os dirigentes religiosos orientem os seus seguidores num caminho de paz e tolerância; e antes disso, tratem de obter um sólido e adequado conhecimento mútuo; porque muitas vezes a ignorância revestida de sabedoria, é a causa primeira da intolerância. Fora disso, é necessário que os meios de comunicação informem com objetividade sobre as religiões e não de maneira tendenciosa, como por desgraça sucede hoje muitas vezes nos meios ocidentais, em especial no que respeita ao Islão; quem agora ocupa o lugar dos judeus, que antes eram acusados injustamente e inclusivamente perseguidos.
Agora, novamente, com a renovada tendência de aplicar aos judeus, o injusto apelativo de povo deicida, (mataram Deus) sem o ser, que no passado foi esgrimido, sobretudo na Europa cristã. Dessa forma, ao assinalar novamente os judeus, mantém a dupla de assinalados históricos: Judeus e Muçulmanos, dando passo a uma Europa, unida politicamente através de um “cristianismo” nominal, não religioso... Isto é perigoso e não se deve fomentar...
É necessário e mais do que isso, é essencial; evitar a intolerância religiosa; buscando os pontos de concórdia entre as nossas diferenças; começando com a aproximação, tolerância, solidariedade e irmandade entre os líderes religiosos das diferentes denominações; para que logo, como bom exemplo, se transladem os demais membros das nossas Comunidades. Deixando de um lado o sectarismo fanático e o dogmatismo cego; trazendo um pouco de união, no nosso mundo em crise, dividido e confrontado. Como uma demonstração manifesta de paz, para ser posta como exemplo e referência a nível mundial.
 Fora disso, estamos conscientes que o amor de Deus se complementa com o amor à Pátria; assim, melhorar as nossas relações internas não é suficiente. Devemos tratar de colaborar na solução da problemática nacional, com crítica construtiva e predicando com o exemplo.
A lei de Deus e dos profetas, base do Islão e do Judaísmo, indica-nos que temos que realizar boas obras. No Novo Testamento, base de todas as religiões Cristãs, incluindo a católica, lê-se em Filipe, que a fé sem obras, não vale nada.
A somatória das ações positivas em absoluta convergência dar-nos-ia um comportamento coletivo exemplar.
Pedimos a Deus, que a tolerância religiosa prospere e se fomente e se transmita a outros setores da vida nacional, incluindo a política.
 ...As igrejas de todas as denominações são para guiar a outra vida de forma positiva aos seus correligionários; mas também para velar por eles nesta e para ajudar todos os nossos irmãos necessitados, ainda que sejam de outras religiões; já que são também eles, o nosso próximo. Amin...

Fonte: Reflexões Islâmicas - no. 226 - www.islao.pt /www.alfurqan.pt - alfurqan2011@gmail.com / alfurqan04@yahoo.com

sexta-feira, dezembro 30, 2016

O principio básico das Religiões Monoteístas é Amar a Deus sobre todas as Coisas!

«Acaso, não vos prolongamos as vidas, para que, quem quisesse refletir, pudesse refletir, e não vos chegou o admoestador?» — (Alcorão, 35:37).

Prezados Irmãos, Saúdo-vos com a saudação do Islão, "Assalam alaikum", (que a Paz esteja convosco), que representa o sincero esforço dos crentes por estender o amor e a tolerância entre as pessoas, seja qual for o seu idioma, crença ou sociedade.

O princípio básico é o de amar a Deus sobre todas as coisas; mas para que seja completo deve continuar: E o seu próximo como a si mesmo, por amor a Deus. Como resultado da crença em Deus e da irmandade dos seres humanos, a humanidade deverá, necessariamente, viver uma vida de amor, harmonia, cooperação e paz. Todas as leis de Deus foram reveladas com o objetivo de enfatizar esta questão. Os Profetas de Deus, paz esteja com eles, em épocas diferentes, mostraram à humanidade que a religião de Deus é sempre a mesma, que os seres humanos são irmãos, sem qualquer inimizade ou conflito entre eles, que o espírito de sua mensagem é sempre a mesma; que Quem os criou foi Um e que o fundamento da sua religião é um só, sem possibilidade de contradição ou diferença entre eles.

O Alcorão diz, textualmente: "Deus prescreveu-vos a mesma religião que havia instituído para Noé, a qual te revelamos, a qual havíamos recomendado a Abra- ão, a Moisés e a Jesus, (dizendo-lhes): Observai a religião e não discrepeis acerca disso; na verdade, os idólatras se ressentiram daquilo a que os convocaste. Deus elege quem Lhe apraz e encaminha para Si o contrito". (Alcorão 42:13).

Este texto, sem dúvida alguma, é um testemunho que a religião de Deus é a mesma, em todos os tempos; no Alcorão há muitos exemplos a este respeito, tais como: "Na verdade, inspiramos-te (ó Muhammad), assim como inspiramos Noé e os Profetas que o sucederam; assim, também, inspiramos Abraão, Ismael, Isaac, Jacó e as tribos, Jesus, Jó, Jonas, Aarão, Salomão, e concedemos os Salmos a David". (Alcorão 4: 163) . "Dize: Cremos em Deus, no que nos tem sido revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacó e às tribos; no que foi concedido a Moisés e a Jesus e no que foi dado aos Profetas por seu Senhor; não fazemos distinção alguma entre eles, e nos submetemos a Ele". (Alcorão 2:136).

Quem ler o Alcorão poderá ver que as Suras (Capítulos) mais largos do Alcorão enobrecem e dignificam a Jesus e a Virgem Maria. O Alcorão também menciona e esclarece alguns dos milagres de Jesus e narra outros milagres que não se encontram no próprio Evangelho, como por exemplo, pássaros feitos de barro aos quais, Jesus deu vida por meio de um sopro, com a permissão de Deus, e também menciona o fato de que Jesus falou para as pessoas desde o berço. Em outros dois longos Capítulos do Alcorão se referem a Jesus: o primeiro é "Maria” (surata 19) e o segundo é "A Família de Imran"(surata 03), que era a família de Maria. Nestes capítulos nos é dito como Maria, que era imaculada, deu à luz a Jesus e como foi também uma concepção imaculada: "E recorda-te de quando os anjos disseram: Ó Maria, é certo que Deus te elegeu e te purificou, e te preferiu a todas as mulheres da humanidade! Ó Maria, consagra-te ao Senhor! Prostra-te e genuflecte, com os genuflexos! Estes são alguns relatos do incognoscível, que te revelamos (ó Muhammad). Tu não estavas presente com eles (os judeus) quando, com setas, tiravam a sorte para decidir quem se encarregaria de Maria; tampouco estavas presente quando rivalizavam entre si. E quando os anjos disseram: Ó Maria, por certo que Deus te anuncia o Seu Verbo, cujo nome será o Messias, Jesus, filho de Maria, nobre neste mundo e no outro, e que se contará entre os diletos de Deus. Falará aos homens, ainda no berço, bem como na maturidade, e se contará entre os virtuosos". (Alcorão 3: 42-46).

O Alcorão se dirige aos adeptos do Livro (Judeus, Cristãos) para mostrar claramente a alta posição que Jesus ocupa perante Deus: "Ó adeptos do Livro, não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de Deus e Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito. Crede, pois, em Deus e em Seus Mensageiros e não digais: Trindade! Abstende-vos disso, que será melhor para vós; sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na terra, e Deus é mais do que suficiente Guardião." (Sagrado Alcorão 4: 171).

Os Muçulmanos acreditam que Jesus foi tão somente um Profeta de Deus, conforme também referido no Evangelho: — Segundo S. Mateus 21:10-11: «Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade ficou agitada e perguntava: "Quem é este?" A multidão respondia: "Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia". — Segundo S. Lucas 24:19: «"O que aconteceu com Jesus de Nazaré"! Responderam eles. "Ele era um profeta, poderoso em palavras e em obras diante de Deus e de todo o povo”». — Segundo S. Lucas 13:33: «Mas preciso prosseguir hoje, amanhã e depois de amanhã, pois certamente nenhum profeta deve morrer fora de Jerusalém!» — Segundo S. Lucas 7:16: «Todos ficaram cheios de temor e louvavam a Deus. "Um grande profeta se levantou dentre nós", diziam eles. "Deus interveio em favor do seu povo"». — Segundo S. João 6:14: «Depois de ver o sinal milagroso que Jesus tinha realizado, o povo começou a dizer: "Sem dúvida este é o Profeta que devia vir ao mundo"». — Segundo S. Marcos 6:4: «Jesus lhes disse: "Só em sua própria terra, entre os seus parentes e em sua própria casa, é que um profeta não tem honra"».

Os Muçulmanos acreditam que Jesus é um servo de Deus, conforme referido no Evangelho segundo S. João 13:16, no Evangelho segundo S. Mateus 12:18, nos Atos dos Apóstolos (Versão Standard Revista) 3:13, Nova Bíblia Americana, 4:27, New King James Version, 3:26, e Versão Internacional, 4:30).

Os Muçulmanos põem nomes aos seus filhos e filhas Issa (Jesus) e Maryam (Maria), respectivamente. Estas são as crenças que os muçulmanos são ordenados a crer sobre Jesus, que abrem os seus corações a estes ensinamentos e facilitam a convergência e cooperação entre muçulmanos e cristãos. E o Alcorão, mostra, claramente, que os verdadeiros cristãos são os mais próximos dos muçulmanos devido a moral e as virtudes que compartilham com eles, dizendo: “Encontrarás que os que estão mais próximos em afeto aos que crêem são os que dizem: Somos cristãos. Isso é porque existem padres e monges entre eles e não são soberbos”.

O Profeta Muhammad (p.e.c.e.) disse: "Ó muçulmanos, conquistareis o Egito, quando o fizerdes, devereis ser gentil com os cristãos!". O quarto califa, Ali (r.a.), costumava dizer aos cristãos: "Nós não queremos evitar que acrediteis no cristianismo, mas sim, que deveis obedecê-lo" e há inúmeros exemplos como estes.

O próprio Profeta Muhammad (p.e.c.e.) fez da sua Mesquita em Medina, um local de culto para os seus hóspedes cristãos! E quando os muçulmanos fizeram da grande Mesquita Omíada, em Damasco, um templo comum para muçulmanos e cristãos, que entravam pela mesma porta, mas tinham a Mesquita dividida em dois, onde costumavam fazer as orações.

Este foi o resultado inevitável do entendimento, a proximidade e a relação que existia entre estas duas religiões reveladas, naqueles tempos. Eles coincidiam em propósitos e objetivos, e não havia oposição na sua essência e origem. É bem conhecido, a este respeito, que Omar (r.a.), o segundo Califa, quando ele entrou em Jerusalém, recusou a oferta para fazer a oração no Santo Sepulcro, para evitar que os muçulmanos, no futuro, tentassem converter a Igreja ou parte dela, em uma Mesquita.

O último Profeta de Deus, Muhammad (p.e.c.e.), ordenou aos muçulmanos para serem amáveis com os judeus e os cristãos, porque eles eram os seguidores das duas religiões reveladas anteriormente. E ele disse: "Quem causar mal a um cristão ou a um judeu será meu inimigo no Dia do Juízo e pagará por isso", e disse: "Sede amáveis com os cristãos".

Se a humanidade em geral não é capaz de se livrar de seus preconceitos e trabalhar pela tolerância religiosa, a situação será terrível e Deus nos repreenderá no Além, por cada um de nossos erros, por nosso fanatismo e discórdia, pois são estas as que aumentam a devastação, a agonia e derramamento de sangue.


Wassalam. M. Yiossuf Adamgy – 29/12/2016

domingo, dezembro 11, 2016

Como ser um bom marido muçulmano

Por: Alfonso Almeida
Em uma época em que divórcios estão aumentando e a maioria dos casamentos está se afundando, jovens muçulmanos felizes, também são difíceis de se encontrar. Mais e mais jovens muçulmanos se encontram gravemente afetados pelo fitnah de ser mais fácil cometer Zina (adultério) do que de se casar. Além disso, uma vez casados, eles enfrentam o fitnah da facilidade de cair, e aproveitar folias casuais pelo celular ou Internet, ao invés de serem capazes de manter um invencível vínculo conjugal ao longo do tempo.

Foram feitos pedidos pelos Irmãos Muçulmanos que leram o meu artigo "Como Proteger a Honra Do Seu Marido Como Uma Esposa Muçulmana", pedindo-me para escrever um artigo detalhando as coisas mais importantes que os homens muçulmanos devem fazer como deveres e obrigações imperativas para com suas esposas. Abaixo está, portanto, uma lista de coisas para homens muçulmanos se lembrarem quando lidarem com suas esposas. Um lembrete importante: essas dicas estão sendo sugeridas tendo em conta os perigos específicos e os riscos que os indivíduos casados enfrentam, como um jovem, hoje em dia. Casamentos hoje em dia precisam ser protegidos com armadura suficiente contra o ataque dos graves fitnahs.

Sempre iguale seu comportamento ao do Profeta Maomé[SAAS] com as suas esposas:

Deus disse no Alcorão: "Você tem realmente no Mensageiro de Deus, um belo exemplo (de conduta) para qualquer pessoa cuja esperança está em Deus e no último dia, e quem se lembra muito de Deus." [Alcorão - 33:21]

O Profeta Maomé[SAAS] negligenciou as falhas das suas esposas, e tolerou seus comportamentos não razoáveis. Os livros de ahadith estão repletos com exemplos de como ele ignorou o que ele não gostava sobre as ações delas, com um sorriso e um paciente silêncio. Uma vez, quando ele ficou muito irritado com todas elas, ele deixou a sua companhia e resolveram não falar com elas por um mês.

Em vez de gritar ou verbalmente reprimir sua esposa por cada erro, simplesmente ignore-a. Se ela está brigando com você ou não está sendo razoável, você sempre pode sair da sala e não responder de volta, que é a melhor estratégia. Quando você ignorá-la por algum tempo, ela vai renunciar voluntariamente o comportamento pelo qual você se zangou.

Trate-a com respeito, especialmente durante intimidade:

Gratificação sexual é a principal razão pela qual os homens se casam, e eles cometem graves erros bem no começo, que causam os maiores golpes à sua relação conjunta. Os homens muçulmanos devem temer Alá no que diz respeito a como lidar com suas esposas durante a intimidade.

Relatou Jabir Bin Abdullah [que Alá esteja satisfeito com ele], "O Profeta [SAAS] não permitiu que as relações sexuais antes de acariciar (a esposa)." [Abu Dawood]

É um triste fato que hoje em dia, quando um homem se casa, ele já viu um monte de pornografia ou cenas sexuais em filmes, cortesia das diferentes formas de mídia disponíveis a ele para satisfazer a sua curiosidade, que envenena sua mente sobre como tratar uma mulher, muito antes de ele realmente levar uma esposa para casa.

O Irmão Muçulmano! Esta moça inocente que você levou para casa não tem afinidade com essa voluptuosa sereia que você vê na TV - ela está vulnerável, inocente e assustada. Portanto, seja gentil e faça-a relaxar, e não causar qualquer dano irreparável por ser precipitado. No Islã, a mulher é uma jóia - uma jóia, que deve ser cuidada e tratada com dignidade e respeito.

Imam al-Daylami [que Alá seja misericordioso com ele] registra um relato sobre a autoridade de Anas ibn Malik [que Alá esteja satisfeito com ele] que o Mensageiro de Deus [SAAS] é relatado ter dito: "Um não deve cumprir a necessidade (sexual) de uma mulher como um animal, ao contrário, deveria existir, entre eles, preliminares de beijos e palavras. " [Musnad Al-Firdaws de Al-Daylami, 2 / 55]

O bom marido muçulmano deve, portanto, esquecer as políticas de marketing da indústria multimilionária voltada à testosterona de de Hugh Hefner, e focar no conselho do Profeta Maomé[SAAS]. Filmes e romances não são as fontes a partir dos quais você deve buscar instruções de intimidade. Além disso, você como um muçulmano deve aprender a respeitar as mulheres em geral, antes de se casar.

Lembre-se que quando uma prostituta chegou a pedir ao Mensageiro de Deus [SAAS] por ajuda monetária, ele ajudou a ela e não tratou-a com desrespeito. E você? Houve momentos em que você já viu ou conheceu uma mulher que o tentou, e você pensou: "vadia", ou "prostituta"? Alguma vez você já usou verbalmente ou mentalmente palavras abusivas, como "vadia", para uma mulher? Você acredita, devido à sua bagagem cultural, que as mulheres são inerentemente do mal; que Eva tentou Adão a comer o fruto proibido, que as mulheres devem ser enclausuradas dentro de casa, porque levam homens à perdição quando saem? Você acredita que as mulheres são inferiores aos homens? Você acredita que as mulheres são a causa básica da prevalência de decadência e pecado? Você grita com sua mãe e irmã por não servir-lhe a comida ou café, quando você poderia pedir a elas? Se assim for, você realmente precisa mudar seu pensamento e atitude em relação às mulheres antes de entrar no casamento, porque um homem, que tenha verdadeiramente entendido a essência dos ensinamentos islâmicos quanto ao tipo de tratamento às mulheres, nunca, nunca responderia afirmativamente às perguntas acima. E se ele o faz, é muito provável que ele vai desrespeitar a sua esposa, e não será capaz de mantê-la feliz.

Mantenha a limpeza e higiene pessoal: 

Uma vez a cada duas semanas, apare, raspe ou corte qualquer coisa que cresça em seu corpo. Mantenha o seu cabelo e barba lavados, penteados - cheirando e parecendo limpo.

Utilize o siwak (palito de dente), fio dental, pasta de dentes, spray bucal ou anti-séptico bucal ou para manter a higiene oral. Tome banho diariamente e use desodorantes ou outras fragrâncias fortes para cheirar bom em casa, não apenas na congregação Jum'uah ou Eid.

Lembre-se de que fazer tudo isso é o Sunnah (caminho) do Profeta Maomé[SAAS], que abominava qualquer tipo de odor corporal (boca, axila ou pés) provenientes de si próprio. Use as cores e estilos de vestuário que sua esposa preferir, se o Islã lhes permitir.

Sua esposa é uma fonte de consulta, e não um mordomo ou escravo: 

A principal qualidade que os homens muçulmanos desejam em uma mulher, depois de beleza e atratividade física, é que ela seja obediente e servil, e que ela faça suas tarefas precisar pedir, como por exemplo, passar suas roupas, cozinhar suas refeições, ou fazer a lavanderia.

No entanto, é um fato que existe uma diferença de opinião entre os estudiosos islâmicos quanto a ser obrigatório ou preferencial (mustahab) a uma mulher servir o seu marido. A maioria declara ser louvável, mas não obrigatório, embora a maioria mulheres muçulmanas fazem alegremente o seu trabalho doméstico, sem que seja pedido.

O Profeta Maomé[SAAS] fazia os seus próprios afazeres pessoais, e não sabemos de qualquer ahadith em que as suas esposas eram conhecidas por servi-lo elaboradamente. Portanto, o bom marido muçulmano realmente aprecia o trabalho que a esposa faz na casa. Se ela se esquece de uma coisa, ele negligencia e permanece calado. Ele também a consulta em questões importantes antes de tomar a decisão final, por exemplo, nomear seus filhos, mudar de emprego, fazer um investimento, ir viajar, deixar seus familiares se mudarem para a sua casa, ou mesmo em pequenas questões, como o que ela quer pedir quando saem para comer num restaurante. Ele nunca ignora o que ela diz nestas matérias.

Cuide dela durante a gravidez e amamentação:

Homens solteiros geralmente não têm idéia da enorme dor física que Alá decretou para as filhas de Adão. Eles descobrem isto após o casamento, quando sua esposa vai testemunhar cólicas mensais, ou os rigores da gravidez, parto e amamentação. Se nada mais, ele deve aumentar o seu respeito pelas mulheres em geral.

No entanto, alguns homens muçulmanos casados ficam até tarde da noite com os amigos, em clubes, restaurantes, jogos ou em filmes, enquanto que a sua mulher grávida ou recém-mãe fica em casa com o bebê. Eles entregam a responsabilidade de cuidar da esposa para as suas mães ou irmãs. Este comportamento não é adequado, e isso fará com que o ódio se desenvolva no coração da esposa.

O bom marido muçulmano oferece apoio moral e físico extra à sua esposa durante essas fases difíceis da sua vida. Não sinta o seu ego viril inflar se você tem de dar a mamadeira ao seu bebê ou acalmá-lo, enquanto a sua esposa atende a uma criança mais velha ou a suas próprias necessidades genuínas. O marido muçulmano é um pai apaixonado e ativo, e este atributo faz sua mulher amá-lo ainda mais!

Ajude-a no trabalho doméstico:

Ocasionalmente lavar a louça, aspirar os tapetes, fazer seu próprio café ou chá (especialmente se a sua mulher está dormindo ou não está bem), ou cozinhar uma refeição simples irá aumentar o seu status aos olhos da sua mulher e aumentará o amor por você em seu coração. 

Contrariamente ao que a cultura asiática dita, fazer tarefas domésticas não o torna um homem afeminado. Isto, na verdade, o torna mais viril e atraente para o seu cônjuge.

Não é preciso dizer que tarefas como fazer compras no mercado no fim de semana, levar sua esposa ao seu médico, que consertar a a torneira ou cortar a grama também deve ser feito por você.

Elogie seu pequenos gestos ou boas características abertamente, especialmente na frente da sua família:

Leva apenas três pequenas palavras para dar a sua esposa um elogio, e não tem que ser todo dia, mas terá um enorme impacto sobre o seu relacionamento conjugal. Estas três palavras poderiam ser "Isto está delicioso", ou "Você está bonita". Além disso, se você elogiá-la com moderação na frente de seus familiares, mesmo quando ela está ausente, isto seria um sadaqah da sua parte. Só não exagere, porque muito elogio tem um efeito negativo.

Lembre-se que sua esposa vai envelhecer e sua beleza morrerá:

Os homens foram programadas por Deus para desejar a beleza das mulheres. No entanto, um sábio homem muçulmano sabe que como tudo neste mundo que reluz, a beleza de sua esposa (ou de qualquer outra mulher, nessa questão), é temporária. Daí, ele se concentra mais nas suas outras importantes e duráveis por mais tempo características boas. 

Alá disse no Alcorão: 
".. e trate-as (isto é, suas esposas) gentilmente; então se você odeia-as, pode ser que você desgoste de uma coisa enquanto Alá colocou abundante coisas boas nela." [Alcorão - 4: 19]

A maioria dos homens deseja crianças, no entanto, eles rapidamente testemunham de que ter filhos faz o corpo das suas esposas perder a sua forma. Um bom marido muçulmano, portanto, recorda-se que a beleza é de importância secundária, especialmente quando o Shaytaan faz mulheres não-mahrum parecerem mais atraentes para ele. Ele se lembra que o único prazer permanente de observar mulheres perpetuamente bonitas é reservado para as pessoas justas no Paraíso, e sua existência no mundo é fugaz, e uma desilusão do Shaytaan.

Não olhe para outras mulheres:

Daqui resulta que, obviamente, se você quiser fazer seu casamento um verdadeiro sucesso e um refúgio de amor e misericórdia, você deve obedecer o conselho do Profeta Maomé[SAAS] no ahadith abaixo:
Jareer ibn 'Abdullah disse: "Eu perguntei ao Mensageiro de Alá [SAAS] sobre um olhar acidental para uma mulher. Ele ordenou-me a mudar o meu olhar para bem longe." [Al-Tirmidhi]

O Mensageiro de Alá [SAAS] disse: "Ó Ali [o primo dele], não siga um olhada com outro, pois lhe será perdoado o primeiro, mas não o segundo." [Al-Tirmidhi: 2701]

Portanto, não fique perto de homens que cravam os olhos e fazem comentários sobre o corpo das mulheres, que têm uma variedade de amigas mulheres, ou que freqüentam regularmente festas mistas. Mantenha todos os tipos de conversas com as mulheres a uma base mínima, quer no trabalho, ou na Internet, ou em seu telefone celular. Seja profissional quando falar com elas devido a uma necessidade.

Soou chato? Bem, você não pode ser um bom muçulmano, a menos que você se treine a obedecer ao Profeta [SAAS], mesmo que isso vá contra os seus desejos básicos. E ser um bom marido muçulmano só pode ser possível se você é um bom muçulmano em primeiro lugar.

Não utilize o Alcorão e ahadith para estabelecer a sua autoridade:

É muito comum que os homens muçulmanos lembrem mordazmente suas esposas nos primeiros dias após o casamento, dos versos Qur'anic e ahadith declarando sua superioridade e os direitos especiais sobre ela. Os lembretes mais comuns são: o direito do marido de ter até quatro esposas, sem o consentimento da sua esposa; o Hadith, que se a prostração fosse admissível para alguém além de Alá, a mulher muçulmana seria comandadas à prostração do seu marido; o fato de que o Islã dá ao marido o direito exclusivo de emissão divórcio verbalmente, chamá-la para a intimidade sexual, em qualquer momento inoportuno, ou limitar o seu movimento fora da casa, até mesmo para visitar seus parentes de sangue.

Então, muitas mulheres muçulmanas que conheço escutaram de seus maridos no primeiro mês de casamento que elas só poderiam visitar os seus pais por uma quantidade de dias por mês, e elas evidentemente não poderiam trabalhar ou estudar, mesmo que fossem envolvidas nos virtuosos trabalhos ou educação religiosa Da'wah, apenas uma ou duas vezes por semana.

Que o impacto esta ação - lembrar à esposa de seus direitos superiores - têm sobre a menina muçulmana inocente e bem-intencionada que chegou à sua casa? O que ela vai pensar de você, se você disser essas coisas para ela? O que o fato de dizer essas coisas para ela implica sobre você como uma pessoa? Definitivamente, que você, como um homem, é inseguro, e estão usando o seu direito islâmico em uma débil tentativa de estabelecer autoridade sobre ela. Um homem que é auto-confiante e virtuoso nunca utilizaria este método inadequado para tentar ofuscar e dominar a sua esposa. Ele não se sente inseguro em seu status como seu marido; ele não pensa que a única forma de "ter tudo para si" é fazer uma armadilha para ela em sua casa, fazendo-a servir-lhe todos os dias como um mordomo pessoal.

Portanto, um bom marido muçulmano nunca deveria lembrar a esposa do seu estatuto mais elevado, a menos que ele ou ela persistentemente desobedeça-o ou faça ações que são proibidas por Alá. A melhor maneira de fazê-la obedecer-lhe é deixar que ela tenha tudo que deseja - dentro dos limites Islâmicos claro - e centrar-se em dar-lhe, seus direitos, para além daquilo que ela merece. Ela irá então automaticamente se tornará a esposa dedicada, fiel e obediente que você quer que ela seja.

A adesão da sua esposa às obrigações religiosas e sua educação são responsabilidade sua:

Depois de anos de casamento, eventualmente chega uma hora em que a maioria dos maridos muçulmanos não têm ideia de como suas esposas passam os seus dias. Não incomoda-os saber que as suas esposas entediadas fofocam por horas ao telefone, assistem filmes e televisão em excesso, ou perdem tempo fazendo compras, freqüentando almoços femininos ou chás, ou indo do shopping ao alfaiate para obter novas roupas feitas.

Um bom marido muçulmano está ciente de que o ensino laico e religioso da sua esposa é a sua responsabilidade. Ele sabe que Alá irá interrogá-lo sobre o assunto, então ele se esforça para se certificar de que sua esposa ganhe conhecimento do Alcorão e vá a sermões, halaqah's, seminários ou workshops para adquirir conhecimento do Islã. Ele também gasta tempo na sua educação laica, se ela quiser adquirir um diploma.

É imperativo que o marido faça a esposa cumprir as obrigações do Islã, utilizando gentis lembretes e organizando a sua educação sobre o Islã. Ele deve assegurar que ela realize as cinco orações diárias no horário, jejue durante o Ramadã,paga o zakaah pelo seu ouro / prata / dinheiro, e usa roupas modestas com hijab na frente dos homens. Ela também deve ser ensinada a recitar o Alcorão corretamente, e treinada em executar os princípios essenciais islâmicos de construção de caráter na educação dos seus filhos.

Cuidado com ciúmes desnecessários:

Um ponto a salientar é que se preocupar com as atividades e passatempos da sua esposa não justificam espiá-la ou ser desnecessariamente suspeito, arrogante e intrometido sobre sua vida. Deixe que ela tenha uma vida produtiva e intelectual durante o dia. Seu trabalho é o de cumprir sua responsabilidade de sua construção de caráter religioso, mas faça isso lidando com ela da mais bela maneira.

É, evidentemente, uma das mais baixas ações, suspeitar que sua esposa exiba sua beleza ou flerte com outros homens, sem qualquer prova credível. Ciúme patológico é uma doença que destrói o amor entre um marido e mulher. Não misture o louvável "ghiyarah" [proteção contra danos e contra cair em pecado] que os homens muçulmano deveriam possuir sobre as suas famílias, com este veneno que é o ciúmes. Lembre-se que para difamar uma mulher em qualquer forma, é um grave pecado que incorre à ira de Alá.

Mantenha a privacidade dela da sua família:

A maioria dos maridos não podem pagar alojamento separado durante os primeiros anos de casamento, mesmo que este seja um direito da mulher (especialmente se ela vem de uma família abastada), necessitando viver na mesma casa que a família do marido durante alguns anos.

Um bom marido muçulmano deve gerir questões de uma maneira, com negociações diplomáticas com todos na casa, que a privacidade da sua esposa seja mantida. Isto é especialmente importante quando seus irmãos, tios, primos ou empregados homens habitam livremente dentro da casa, frequentando a mesma cozinha e sala. Muitas famílias trazem sua nora para dentro de casa após seu casamento, sem perceber que a partir de agora, as medidas adequadas devem ser observadas, a fim de acompanhar o conselho do Profeta Muhammad's [SAAS]

Foi relatado por Uqbah Bin Amir [que Alá esteja satisfeito com ele] que o Mensageiro de Alá [SAAS] disse: "Cuidado ao invadir as mulheres." Um homem do Ansar disse, "O Mensageiro de Alá! E os parentes?" Ele disse, "Os parentes são a morte." 
[Sahih Al-Bukhari, Sahih muçulmano]

Este Hadith implica como um marido muçulmano deve ter cuidado sobre os parentes do sexo masculino entrarem na vida da sua mulher, especialmente no seu espaço privado (como o seu quarto). Você como um marido, pode assegurar o seguinte:

- Peça a sua família para não entrar no quarto da sua mulher a não ser que aprove, por exemplo, quando ela estiver deitado, ou se ela está com as portas fechadas.
- Peça a seus irmãos para não ficarem pairando do lado de fora do quarto dela.
- Ninguém deve mexer em seu armário ou bolsas a menos que ela aprove.
- Ninguém deve escutar 'deliberadamente' quando ela está falando ao telefone.
- Se ela foi a algum lugar com a sua permissão, todos na casa não precisam saber onde ela foi e por quanto tempo.
- Sua roupa não deve ser pendurada em um lugar onde os seus familiares do sexo masculino possam ver seu vestuário pessoal.
- Às vezes, deve ser permitido que ela coma refeições na sua privacidade com você, onde ela estará confortável. Note que estudiosos opinam que o marido não pode obrigar a mulher a ter todas as suas refeições com os seus sogros. Se ela o faz feliz, é louvável e recomendável.

Por último, não revele os segredos e assuntos pessoais delas a familiares. Se eles fizerem muitas perguntas, educadamente torne claro que este tipo de comportamento não é correto.

Respeite a família dela:

Nunca degrade ou rebaixe desnecessariamente qualquer de seus parentes, ao aponte suas falhas ou tire sarro deles. Se alguém da família dela não está sendo razoável, por interferir em suas questões ou por intimidá-la contra você, você pode intervir para parar isso. No entanto, seja sempre educado e respeitoso com eles.

Não fique parado se os seus familiares oprimirem a sua mulher: 

A sogra faz sua grávida nora cozinhar o pão quente sobre o fogão, enquanto o marido se senta à mesa de jantar, à espera, juntamente com o resto da família. A nora doente é obrigada a trazer a roupa pesada para lavar enquanto ela estremece de dor, mas o marido fica com sua família assistindo TV. A tia vem para uma visita e constantemente critica habilidades culinárias de sua esposa na frente dele, mas ele finge que não ouve. Quantas vezes nós vemos este cenário na nossa família? O que um bom marido muçulmano deve fazer?

Ele deveria levantar-se calmamente e ajudar sua esposa, educadamente dizer alguma coisa em sua defesa, ou pedir para ela parar de fazer o trabalho e assumir ele próprio. Eu garanto que a família pode não gostar desta ação dele, e eles esperam que a esposa de recuse a sua ajuda, mas o marido e a mulher devem ficar juntos como uma equipe. Eventualmente, a mensagem vai ser passada, e os parentes entenderão que sua esposa não é empregada deles, mas um membro da família que deve ser cuidada.

Abra mão da TV à noite:

A média dos maridos muçulmanos passa mais tempo dando atenção à sua TV ou ao seu computador portátil do que a sua esposa. Sim, esposas resmungam. Sim, elas estão cheias de queixas quando você retornar do trabalho, e você prefere deitar-se no sofá para ver o seu programa de TV favorito e uma bebida quente do que o monólogo "chato" dela. No entanto, lembre-se de que isso terá um efeito negativo no seu próprio casamento. Casamento, como sua carreira, precisa do seu tempo, séria atenção e trabalho. Não floresce e prospera por conta própria.

Abrir mão inteiramente da TV tem tido um enorme impacto positivo nas famílias, e nem todas elas são muçulmanos. As pessoas têm testemunhado tornar-se mais produtivos depois que a TV saiu de seus lares, encontrando mais tempo para suas famílias, para divertir-se e para atividades ao ar livre.

Se você não pode remover a TV de sua casa, pelo menos, mova-a para fora de seu quarto! Você vai ver o impacto positivo disso em seu relacionamento conjugal, insha'Allah. Além disso, se sua casa tem vários aparelhos de televisão, reduza-os a apenas um, e mantênha-o na sala da família. Nunca faça a sua refeição enquanto vê algo na TV.

Fique afastado da extravagância e da avareza:

Não é raro que os maridos cedam às demandas desnecessárias das suas esposas - caras férias no estrangeiro, roupas, jóias, um carro novo ou uma casa maior. Alguns vão tão longe que abandonam os seus próprios parentes financeiramente, porque as exigências da sua esposa são sempre as primeiras a serem cumpridas. No outro extremo, assistimos homens muçulmanos que só ouvem os pais sobre como gastar seu dinheiro, e cumprem todas as suas demandas, dão dinheiro a todos os longínquos familiares, mas mantém a sua esposa e filhos em um pequeno quarto por anos a fio, fornecendo-lhes apenas o mínimo para sustentar a sua vida.

O bom marido muçulmano paga o dote inteiro da sua esposa ela (Mahr) na manhã seguinte à sua chegada ao seu lar. Ele dá a ela para que ela gaste com o que desejar, não para o seu pai ou qualquer outro parente do sexo masculino. Além disso, ele mantém um delicado equilíbrio nas despesa com a sua esposa, filhos, pais e outros parentes. Ele não atende às demandas desnecessária de qualquer deles, e é sempre receoso a Alá no sentido de garantir que ele cumpra a responsabilidade de fornecer adequadamente a todos os seus familiares.

Lembre-se que a costela é torta:

Finalmente, o bom marido muçulmano deve ter em mente que as mulheres do mundo sempre vêm com suas deficiências - que são, às vezes, esquisitas, emocional, irracional, mudanças de humor, língua afiada, e propensas a bisbilhotar. Eles têm dois hormônios jorrando em seus corpos, como um resultado do qual seu humor e sentimentos balançam entre extremidades como um pêndulo. Junte com o seu comportamento irracional - as injustas acusações, suspeitas, reclamações, choros, gritos e gritos - por amor a Deus. Lembre-se que Alá a fez dessa maneira - isto é, eis que ela é linda, não se pode ficar sem a sua companhia, a casa parece desolada quando ela sai, mas quando ela está com você, ela exibirá seu traços negativos também. Seja paciente e esqueça-os.

Relatado por Abu Hurairah [que Alá esteja satisfeito com ele], o Mensageiro de Deus [SAAS] escreveu: 
"A mulher foi criada a partir de uma costela torta. Se você quiser desfrutar dela, você desfrutará dela enquanto ela ainda é torta. Se você vai tentar endireitá-la, ela vai quebrar." 
[Sahih Al-Bukhari, Sahih muçulmano]