quarta-feira, outubro 13, 2010

Biografia do Profeta Muhammad (s) Parte 7‏

A Conquista Pacifica de Macca.


Ramadan Ano 8.

Quando Deus pretende que qualquer coisa seja realizada, prepara o seu terreno afastando todos os impedimentos. O profeta sabia que não era possível subjugar os árabes enquanto não subjugasse os coraixitas que tinham a honra de serem os guardiões da Kaaba. E não era possível subjugar os países árabes enquanto não subjugasse Macca o centro de toda Arabia, por isso o profeta sempre teve o desejo de conquistá-la. Mas como havia um acordo entre ele e os coraixitas assinado em Hudaibiya, com duração de 10 anos, ele sempre foi fiel aos acordos e por conseguinte, não podia transgredir. Mas por outro lado os coraixitas pensaram que , depois da campanha de Muta, a força dos muçulmanos foi destruída, e a dignidade e o temor que no passado eles imprimiram-nos outros, já desaparecera. Eles julgaram que agora podiam atacar os muçulmanos porque estes seriam incapazes de se defender, ou de contra-atacar. E neste contexto que eles violaram o tratado de Hudaibiya.

Naquele tratado de paz existia uma clausula que dizia: Qualquer das tribos podia aliar-se com quem quisesse (com crentes ou descrentes), e essas automaticamente seriam abrangidas pelo pacto. Então Banu Khuza e Banu Bakr, que eram duas tribos rivais decidiram por suas inimizades de parte e aliaram-se, uma para cada lado, e assim serem abrangidos pelo tratado. Assim Banu khuza aliou-se aos muçulmanos, e Banu Bakr aos coraixitas, pondo fim a suas hostilidades. Todavia depois de algum tempo, um dos homens de Banu Bakr, levantou-se perante um homem de Banu Khuza e começou a cantar musica ofensiva ao profeta como ato de provocação. O homem de Banu Khuza quando ouviu, bateu-lhe, e isso ressuscitou a inimizade do passado que existia entre esses dois povos. Então os Banu Bakr prepararam-se para lutar contra os Banu Khuza. Os coraixitas que pensavam que o poder dos muçulmanos estava esmigalhado, ao invés de impedir-los de lutarem, os reforçaram com armamento e homens. Dentre os coraixitas, ikrimah Bin Abi Jahal, Safwan Bin Umaya, Suhail Bin Amr participaram ativamente no ataque contra os Banu Khuza. Eles eram considerado lideres dos coraixitas. Atacaram de surpresa a tribo de banu Khuza, a noite, quando todos estavam dormindo e massacraram muitos muçulmanos e ainda entraram nas casas de outros pilhando tudo. Muitos dos homens pertencentes a Khuza, refugiaram-se no Haram.

Os Banu Bakr ao vê-los no Haram, hesitaram em prosseguir a matança porque tinham noção da santidade do Haram, mas depois o seu líder Naufal disse:”Esta é uma oportunidade única”. Assim continuaram a matança dos Banu Khuza mesmo dentro dos limites do Haram. Estes, devido a isso, enviaram uma delegação, Amr Bin Salim e mais 40 homens, para ir ter com o Profeta (s) em Madina e informaram ao profeta sobre o ocorrido. Quando chegaram, o Profeta (S) estava orando na mesquita, e ouviu as seguintes palavras de fora da mesquita em forma de poesia:

“O Deus eu vim a Muhammad para recordar

o tratado que liga a nós com a antiga família dele.

O mensageiro de Deus Ajuda-nos,

e chama aos servos de deus para este objetivo (todos virão para ajudar)”.

O Profeta (s) ao ouvir a queixa deles ficou bastante triste e prometeu-lhes a ajuda, uma obrigação na base do tratado. Depois da delegação de Khuza já ter regressado a Macca, o Profeta Mandou um enviado seu com três condições para os coraixitas aceitarem uma delas:

1- Pagarem indenização por todos aqueles que foram mortos injustamente

2- Ou desistirem de ajudar Banu Bakr

3- Ou emitirem uma proclamação dizendo que o tratado foi dissolvido.

Os coraixitas só aceitaram a ultima, mas como isso implicava-os diretamente a culpa de violação. Eles arrependeram-se ao saberem da conseqüência possível que isso traria e enviaram Abu Sufiyan a Madina para renovar o tratado de Hudaibiya.

Abu Sufiyan em Madina e a Falha da sua Missão

Abu Sufiyan chegou em Madina, e foi a casa de Um Habiba, sua filha e esposa do Profeta (s), e quis sentar sobre o tapete onde o Profeta costumava sentar-se. A filha enrolou rapidamente o tapete e tirou-o dali, para o pai não se sentar nele. O pai, sentindo-se ofendido por essa atitude, perguntou a filha:” O minha filha, tu achas o teu pai indigno desse tapete, ou será que o tapete é indigno de teu pai?” A filha respondeu: “O tapete pertence ao profeta Muhammad (s), e tu, sendo um adorador de ídolos ès imundo, não mereces sentar nele”. O pai disse: “ O filha de certo que algum infortúnio aconteceu trazendo desordem na tua mente, desde o dia em que nos deixastes”. Por ter sido recebido daquela forma, apercebeu-se logo que ai não havia esperança nenhuma. Saiu e foi ter com o Profeta (s) na mesquita, expondo-lhe o objetivo que o levara ate lá. Mas daí também não teve resposta satisfatória. Então saiu e foi ter com Abu Bakr (r) para este interceder perante o Profeta (s), mas Abu Bakr recusou-se a fazê-lo. Então foi ter com Omar (r) que rejeitou com dura repreensão, dizendo: “ Tu esperas que eu intervenha perante o Mensageiro de Deus (s) a teu favor? Por Deus, mesmo que nada me reste exceto a areia do deserto eu lutarei contra vós”. Daí Abu Sufiyan foi ter com Ali e Fatima (filha do profeta) (r), mas ai também não teve êxito porque ninguém tinha coragem de falar nisso ao Profeta(s).

Quando Abu Sufiyan viu que todas as portas estavam fechadas a sua frente foi ter com Ali (r) pedindo uma opinião. Ali escarneceu dele, e ele caiu na teia, quando lhe disse: “Tú próprio ès o chefe de Banu Kinana (homens de Macca), vai para a mesquita e proclama sob a tua autoridade que estas a renovar (prorrogar) o tratado”. O que ele fez. Depois saiu dali, montou seu cavalo e foi-se embora para Macca. Quando chegou contou o ocorrido. Os coraixitas fartaram-se de tanto rir dele, e disseram-lhe: “ Ali zombou de ti! Ai de ti, tu só serves para ser escarnecido, alguma vez vistes tratados renovados dessa forma?” Abu Sufiyan ficou envergonhado por essa sua atitude.

O Profeta (s) prepara-se para a conquista de Macca

Depois do regresso de Abu Sufiyan, o profeta ordenou aos muçulmanos para se prepararem para a guerra e informou a seus aliados para se juntarem a ele dizendo-lhes: “ Aquele que acredita em Deus e no ultimo dia, que esteja presente no mês de Ramadan em Madina”. E assim apareceu uma grande multidão.

O Profeta informou a seus ministro Abu Bakr e alguns mais o rumo da sua campanha. Abu Bakr perguntou ao Profeta (s): “ Ó Profeta, afinal não há tratado de paz entre ti e Coraix? “Sim” respondeu o Profeta (s), “Mas eles traíram e violaram o acordo”.

O Profeta, como habitualmente, manteve em segredo máximo os planos e o rumo da tropa. Ele fez isso para surpreender os descrentes de Macca, e para não haver derramamento de sangue no recinto de Macca, subjugá-los sem atingir ou violar a santidade de Macca. Mas houve um dos crentes, pioneiro no Islam que tinha participado da batalha de Badr, chamado Hatib Ibn Abi Baltáa, que sabia dos planos do Profeta (s). Então ele escreveu uma carta para os coraixitas de Macca, informando-os da intenção do profeta (s), e enviou a carta com uma escrava sua chamada Sarah. O Profeta (s) foi informado sobre isso por Allah, então enviou Ali, Zubair e Mikdad para irem ao encontro dessa escrava e trazerem a carta. O Profeta (s) indicou-lhes o local onde apanhariam essa mulher: “Raudhat Khakh”. Estes três homens, enviados pelo Profeta (s), chegaram ao local indicado e apanharam a escrava. Revistaram a sua bagagem mas sem sucesso então disseram-lhe: Tira e entrega-nos a carta! A escrava respondeu :”Eu não tenho carta nenhuma”. Eles ameaçaram-na: “Entrega-nos a carta ou então revistar-te-emos o corpo todo”. Ela vendo que não tinha outra alternativa perante a exigência deles, tirou a carta do meio dos cabelos e a entregou. Seus companheiros teriam abandonado a busca se não fosse a confiança de Ali (r) em que o Profeta (s) de Deus não pode ser mal informado. A escrava e a carta foram levadas perante o Profeta (s). Quando abriram a carta viram que era de Hatib, o Profeta (s) o chamou e perguntou-lhe: “ O que é isto, ó Hatib?” Ele confessando ter enviado a carta, respondeu: “Como eu tenho familiares em Macca, quis fazer um favor aos coraixitas informando-lhes do ataque dos muçulmanos, para que em troca, eles sintam que me devem esse favor e assim não prejudicarem a minha família, pois eles não tem quem os proteja. Não fiz isso por traição a minha religião islâmica, nem por gostar da descrença depois de já estar no Islam”. O Profeta (s) disse que ele falou a verdade e perdoou-o. Omar (r) que estava presente impacientou-se e disse: “ O Profeta, permita-me que eu corte o pescoço deste hipócrita”. O Profeta (s) respondeu: “ O Omar, ele participou da batalha de Badr. E quem sabe, talvez Deus olha-se favoravelmente para todos aqueles que participaram naquela batalha dizendo-lhes: Fazei o que desejares, porque já fostes perdoados”, uma vez que Deus reconheceu o grande mérito deles, e foi nessa altura que Deus revelou o seguinte versículo:

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.

Ó fiéis, não tomeis por confidentes os Meus e os vossos inimigos, demonstrando-lhes afeto, posto que renegam tudo quanto vos chegou da verdade, e expulsam (de Makka) tanto o Mensageiro, como vós mesmos, porque credes em Deus, vosso Senhor! Quando sairdes para combater pela Minha causa, procurando a Minha complacência (não os tomeis por confidentes), confiando-lhes as vossas intimidades, porque Eu, melhor do que ninguém, sei tudo quanto ocultais, e tudo quanto manifestais. Em verdade, quem de vós assim proceder, desviar-se-á da verdadeira senda.

Se lograssem tirar o melhor de vós, mostrar-se-iam vossos inimigos, estenderiam as mãos e as línguas contra vós, desejando fazer-vos rejeitar a fé.

De nada vos valerão os vossos parentes ou os vossos filhos, no Dia da Ressurreição. Ele vos separará; sabei que Deus bem vê tudo quanto fazeis.

Tivestes um excelente exemplo em Abraão e naqueles que o seguiram, quando disseram ao seu povo: Em verdade, não somos responsáveis por vossos atos e por tudo quando adorais, em lugar de Deus, Renegamos-vos e iniciar-se-á inimizade e um ódio duradouros entre nós e vós, a menos que creiais unicamente em Deus! Todavia, as palavras de Abraão para o pai: - Implorai o perdão para ti, embora nada venha a obter de Deus em teu favor – foram uma exceção. (Dizei, ó crentes): Ó Senhor nosso, a Ti nos encomendamos e a Ti nos voltamos contritos, porque para Ti será o retorno; (cap 60)

Entrada do profeta em Macca

O Profeta (s) não se esqueceu da sua saída de Macca, anos atrás, perseguido.

Quando ele estava a entrar, com toda aquela majestade e grande multidão de combatentes a acompanhá-lo, lembrou-se disso e prestou gratidão a Deus repetidamente e até deitou lágrimas. Mesmo com Abu Sufiyan já convertido ao Islam ele não deixou tomar medida de precaução na sua entrada em Macca, sabendo que a vitória é uma dádiva de Deus, mas Deus só a concede para quem se prepara para isso na plenitude. O Profeta (s) chegou a Dhu- Tuwa,de onde se vê Macca e daí ele quis entrar vitoriosamente sem derramamento de sangue. Aí ele prestou gratidão a Deus, o poderoso, por esta vitória. Ele prostrou-se profundamente e depois dividiu a sua tropa em quatro divisões e deu-lhes ordens restritas para não lutarem e não derramarem sangue, a não ser que sejam forçados a isso.

A 1º Divisão, chefiada por Zubair Bin Awwan, responsável pelo flanco esquerdo, foi ordenada a entrar em Macca pelo norte.

A 2º Divisão, chefiada por Khalid Bin Walid, responsável pelo flanco direito, foi ordenada a entrar em Macca pelo flanco sul da cidade, do lado de Kadi.

A 3º Divisão, chefiada por Saad Bin Ubadah, composta pelos Ansar (naturais de Madina), foi ordenada a entrar em Macca pelo flanco oeste.

A 4º Divisão, chefiada por Abu Obaidah In Al-jarrah, composta pelo Mujajerin, em que estava o profeta Mohamad (s), também entrariam pela parte norte,perto do Jabal (monte) Hind.

Quando quatro divisões estavam prestes a marchar, o Profeta (s) ouviu Saád Bin Ubadan a dizer: “Não! Saad errou hoje é dia em que Deus engrandecerá Caaba,” e depois afastou Saad Bin Ubadah do posto de chefe e colocou em seu lugar seu filho, Kais. O Profeta (s) tomou esta medida porque, depois de ouvir isso, se deixasse continuar Saad Bin Ubadah no seu posto, decerto que esse comandante violaria o ordem do Profeta (s) de não derramar sangue no recinto de Macca.

Todas as divisões entraram em Macca pelos seus respectivos flancos, sem qualquer problema, exceto Khalid Bin Walid, que entrava pela parte sul da cidade, habitada por homens mais hostis dentre os coraixitas. Muitos dentre eles foram os que tinham atacados a tribo Khuzáa e violado o tratado de Hudaibiya. Mesmo depois do apelo de Abu Sufiyan, seu chefe, eles queriam impedir a entrada e prepararam-se para a batalha, liderados por Safwan, Suhail e Ikrimah Bin Abu Jahal. Quando a tropa de Khalid entrou na zona deles, os arqueiros, sem hesitação, atacaram, lançando setas contra eles a partir das rochas de Jabal Al-Khandama. Três homens dos muçulmanos foram mortos, nomeadamente Kurz Bin Achar e Salma Bin Almailá. Por essa razão, Khalid teve forçosamente que defender e atacando-os matou logo treze dos inimigos. Durante os encontros alguns fugiram para Caaba e outros para a direção do mar; em seguida Khalid continuou a sua marcha. O Profeta (s), nessa altura, já tinha chegado ao topo de Al-Hojun. Daí ele vira as espadas a brilhar e então perguntou: “O que é isto? Eu não vos tinha proibido toda a guerra?” Ele enviou logo um Ansar para ir chamar Khalid Bin Walid. Quando este chegou, o Profeta (s) perguntou-lhe o que se passara, e Khalid respondeu: “O inimigo agrediu-nos. Eu tentei evitar o máximo mas, em defesa, tivemos que responder e Deus concedeu-nos a vitória”. Então o Profeta (s) disse: “Aconteceu o que Deus queria”. O Profeta (s) já estava a preparar a sua entrada na cidade e assim a profecia da Bíblia vinha a ser cumprida:

“2 – Disse, pois o Senhor veio de Sinai e lhes subiu de seir, resplandeceu desde o monte Paran (ou Faran, antigo nome de Macca) e veio com dez milhares de Santos à sua direita, havia para eles o fogo da Lei”. Deuteronômio,33,2. O Profeta (s) não teve oposição nenhuma em sua entrada. Entrou montado no Al-Káswa (a sua camela), vestido de escarlate. Todavia, caminhava lentamente, pois os seus movimentos eram impedidos pela imensa multidão que se apinhava ao seu redor, consigo na mesma camela estava também montado Ussama Bin Zaid.

Ele entrou em Macca na manhã de uma sexta-feira, dia vinte do mês de Ramadan e mandou colocar a sua tenda em “Al-Hojun”. Estavam lá Umm Salma e Maimuna (suas esposas) que perguntaram ao Profeta se não queria descansar na sua casa antiga. “Não!” Respondeu o Profeta (s). “Eles não deixaram nenhuma casa para mim em Macca.” Ele descansou na sua tenda. O Profeta (s) recordou-se dos dias passados, quando começou a sua missão e quando era perseguido, sem qualquer apoio aparente. Deus prometeu-lhe dizendo:

“Na verdade, aquele que tornou obrigatório para ti o Alcorão (a sua recitação, transmissão e prática) far-te-á voltar para o primeiro lugar (Macca), terra natal, terra de origem. Cap. 28, versículo 85

Aqui, neste versículo, trata-se de mais um milagre do Alcorão.

Deus diz de antemão: “Esses que te obrigaram a abandonar a tua terra natal e cuja separação te aflige, tenha calma, porque aquele que tornou o Alcorão obrigatório para ti (a sua recitação, transmissão e prática) far-te-à chegar à tua terra natal. Nessa altura tu estarás livre, vitorioso e com autoridade”. Este versículo foi revelado quando o Profeta (s) estava a emigrar forçosamente para Madina.

Portanto, a promessa de Deus foi cumprida neste mundo mas ainda estavam para seguir o cumprimento de muitas outras promessas, noutro mundo, assim como Deus disse logo no início ao Profeta (s).

“Com efeito, a outra vida é muito melhor para ti do que a vida mundana (presente) e em breve o teu Senhor há-de-dar-te muitas graças e favores na outra vida, de maneira que fiques satisfeito”. Cap. 93, versículo 4-5

Aqui o Profeta (s) agradeceu prostrando-se, com os olhos cheios de lágrimas. Sabia que Deus é que era a verdade absoluta e o resto é uma pura ilusão.

A seguir o Profeta (s) levantou-se, montou a sua camela e entrou no Haram, cumpriu o Tawaf (circundou) e tocou à pedra negra com o seu cajado (bengala), reconhecendo-a como relíquia sagrada. Depois de acabar o Tawaf, chamou Osman Bin Tal-a, o guardião da Caaba, para abrir a porta da Caaba. Mas este recusou-se; então, Ali arrancou-lhe as chaves das mãos. Aí, o Profeta (s), por ordem de Deus, mandou devolvê-las ao vetusto funcionário e assim conquistou-o, com a sua bondade, tanto que não só as portas lhe foram abertas mas ele mesmo reconheceu o Islam e depois foi mantido no seu cargo.

O Profeta (s) parou junto à porta, com as pessoas aglomeradas no local e fez o seguinte discurso:

“Não há outra divindade senão Deus, Ele não tem parceiro nenhum.

Cumpriu a Sua promessa, ajudou ao Seu servo e sozinho derrotou os confederados. Todo o orgulho, todos os costumes antigos da época da ignorância, de vingança, derramamento de sangue, reclamações (reivindicações nas contas de guerra feudal) estão abaixo dos meus pés (estão abolidas), nenhuma coisa fica, exceto a custódia da Caaba e o abastecimento de água aos peregrinos.

Ó vós, gentes de Coraix! Realmente Deus aboliu de vós todo o tipo de orgulho da época da ignorância e todo o orgulho à base da raça, linguagem ou descendência, porque todos os homens são descendência, porque todos os homens são descendentes de Adão e Adão foi criado a partir da terra”

E depois recitou:

“Ó humanos, em verdade nós criamos de um macho e de uma fêmea e vos dividimos em povos e tribos para que vos reconhecêsseis uns aos outros; na verdade o mais nobre de vós perante Deus é o mais piedoso (temente), na verdade Deus sabe e está informado”. Cap. 49, versículo 13

O grande favor que o Islam fez para humanidade, foi estabelecer a igualdade entre todos os humanos, seja qual for a raça. Este grande documento foi dirigido há mil e quatrocentos anos atrás, mas nem hoje nem no futuro alguém conseguirá apresentar melhor.

Os inimigos cegos são injustos. Eles que vejam este discurso de Mohamad (s) e leiam-no várias vezes. Será que Mohamad (s) está pedindo para os homens se rebaixarem perante Ele? Para lhe pagar imposto, taxa ou ameaçá-los com alguma punição no caso de desobediência? Declarou alguma lei marcial nas terras conquistadas? O objetivo da guerra de Mohamad (s) não era glória nacional nem para a expansão territorial, mas apenas para elevação do nome de Deus, eliminar a tirania que impedia o acesso de alguns ao caminho reto de Deus e acabar com injustiça; por isso, não era lógico ele eliminar uma tirania e implantar outra. Pode-se comparar algum rei, presidente ou conquistador com Mohamad (s) ? Pelo contrário, nos momentos mais importantes e decisivos, em que Deus lhe deu poder sobre os seus inimigos,Mohamad(s) perdoava-os e assim dava um lição de bondade a toda humanidade.O discurso não acaba aí.Como estava presente também os líderes coraixitas a escutar o discurso, os piores inimigos, que quiseram eliminar Mohamad (s) e o islamismo e tudo fizeram para conseguirem o seu objetivo, o Profeta (s) olhou para eles e perguntou :

“Ò grupo de coraixitas ! O que é que vocês acham que vou fazer convosco?” Eles responderam: “O bem, porque tu és um irmão nobre e filho de um irmão nobre”.

Então, o Profeta disse ; “Não há censura nenhuma contra vós. Levantai-vos, pois, e ide ; estais livres”.

Perdão com Poder

Perdoar é uma bela virtude quando a pessoa é poderosa. De fato, o espírito de Mohamad (s) era muito elevado, acima de todos os ódios e vinganças. Entre os coraixitas estavam os que conspiravam contra ele para o matar, os que abusaram, apedrejaram, perseguiram e aos seus companheiros, expulsaram de Macca, lutaram contra ele em Badr e Uhud, cercaram Madina na batalha da trincheira, instigaram outros árabes contra ele e que, mesmo agora, se tivessem o poder, mutilavam-no como fizeram ao seu tio Hamza em Uhud: mas agora estavam todos abaixo dos seus pés, e por outro lado os crentes `espera da ordem para os aniquilar totalmente. Mas Mohamad(s) foi de fato Mohamad (s). Não há par para ele no mundo. O coração ele estava totalmente livre de todo o tipo de injustiça, maldade, tirania e orgulho. Ele não prendeu ninguém, não impôs nenhuma penalidade, não utilizou força nenhuma mas apenas disse : “Ide, estais livres”. Até as casas dos Muhajerin que tinham sido confiscadas em Macca pelos descrentes e que agora poderiam ser retomadas, o Profeta(s) disse (aos Muhajerin) para as deixarem e perdoarem-nos. De fato, na há exemplo igual,nem personalidade que possa igualar a Mohamad(s). Estas qualidades só podem ser dum mensageiro de Deus. Reparem a outra face da imagem. No Novo Testamento, Lucas, cap.19, vers.27, Jesus diz : “E quando àqueles meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os diante de mim”. E no Antigo Testamento, I, Samuel 15,3 : “ Vai, pois, agora e feri a Amalac e destrói, totalmente, tudo o que tiver e não lhe perdoes, porém, matarás desde o homem até a mulher, desde os meninos até aos de mama, desde os bois até as ovelhas e desde os camelos até aos jumentos”. E no Josué 6, vers.20-24, consta :” E tudo quanto na cidade havia destruíram totalmente, ao fio da espada, desde o homem até a mulher, desde o menino até o velho e até ao boi e o gado miúdo e ao jumento...Porém, a cidade e tudo quanto havia nela, queimaram a fogo; tão-somente a prata e o ouro e os vasos de metal e de ferro deram para o tesouro da casa do Senhor”.

E muitos outros versículos iguais no Antigo Testamento. Agora a questão é : Qual é a religião de amor e tolerância? Judaísmo, cristianismo ou islamismo?

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Assalamo Alaikom WA WB,

Por: Omar Hussein Hallak

A Difamação de AbdAllah Bin Ubai Ibn Salul

Sabemos que umas das coisas mais condenáveis no islam é a calúnia e a difamação. Na história islâmica temos alguns exemplos disso. E para mostrar que ninguém está livre desses atos abomináveis, vamos mostrar um khutub pronunciado por sua Iminência Sheikh Shekh Amer Egito e traduzido pelo irmão Omar H. Hallak. Essa calúnia foi cometida contra a "Mãe dos Crentes" Aisha (RAA), esposa do Profeta Muhammad (SAAS).

Em verdade, que Allah seja louvado. Nós O exaltamos, imploramos Sua ajuda e perdão. Aquele a quem Allah orienta não se desviará, e aquele a quem Allah permite que se desvie ninguém poderá orientá-lo.


Testemunho que não há outra divindade além de Allah, o Único, e que Ele não tem parceiros. E testemunho que Mohammad é Seu Servo e Mensageiro; divulgou a mensagem, orientou a nação e se esforçou pela causa de Deus até o último dia de sua vida. Que a paz e bênçãos de Allah estejam com ele, com seus familiares e companheiros, e todos que seguirem seus passos até o Dia Derradeiro.

Diz Allah em Seu Nobre Livro:

Ó homens! Temei a vosso Senhor, que vos criou de uma só pessoa e desta criou sua mulher, e de ambos espalhou pela terra numerosos homens e mulheres. E temei a Allah em nome de Quem vos solicitais mutuamente, e respeitai os laços consangüíneos. Certamente Allah, de vós, é Observante.

Em verdade, a palavra mais verdadeira está no Alcorão. A melhor orientação é a de Mohammad (s). A pior coisa é a Bid`aa (A Inovação). E toda inovação é uma desorientação. E toda desorientação leva ao Inferno.

Caros irmãos e irmãs no Islam! O assunto de hoje é “A Difamação de AbdAllah Bin Ubai Ibn Salul contra Aicha, esposa do Profeta Mohammad (s)”. Este evento é conhecido em árabe como Hadithatul Ifk. Trata-se de rumores falsos lançados contra Aicha, a mãe dos crentes, durante a viagem da campanha de Bani Mustalak. Ela viajara num coche coberto sobre um camelo reservado exclusivamente para ela. No ultimo dia de viagem, quando a caravana parou no local de repouso, o Profeta (s) ordenou à noite, repentinamente, aos muçulmanos que regressassem a Madina. No entanto, Aicha ® tinha saído a fim de satisfazer suas necessidades naturais e ainda não tinha regressado. Ela atrasou-se por que perdeu o colar que estava usando e este colar não lhe pertencia, então ela se preocupou em recuperá-lo e isto provocou a demora. Sem dar conta de sua ausência a caravana seguiu sem ela, os guias dos camelos não notaram a sua ausência ao recolocar o coche sobre o camelo por que ela era muito leve. Após ter recuperado o colar, ela retornou para o acampamento, mas para sua surpresa, não encontrou ninguém no local e por isso ficou muito preocupada.

Então, preferiu ficar no local e não se movimentar dali e, sentada, adormeceu. Já era noite, ela tinha convicção que os guias descobririam o seu erro e voltariam atrás, mas ninguém voltou. Quando chegou a manha, apareceu Safwan Bin Muattal, que foi especialmente incumbido pelo Profeta (s) para escoltar na retaguarda, para apanhar as coisas que eventualmente ficassem para trás.

Ao analisar o acampamento, em busca de objetos perdidos, ficou chocado ao ver a mãe dos crentes, Aicha. Safwan disse em voz alta: “LA Ilaha Illa Allah”. Ao ouvir essa voz Aicha despertou e logo cobriu seu rosto com o véu. Safwan baixou o camelo, Aicha subiu-o e sentou-se no coche sozinha. Tudo isso se passou sem que se dirigissem uma palavra. Safwan conduziu o camelo a pé, até alcançarem o exercito dos muçulmanos.

Quando chegaram, e os muçulmanos souberam do que tinha acontecido tiveram muita pena, mas ficaram descansados ao verem-nos chegar são e salvos. Todavia, os hipócritas aproveitaram essa portunidade para lançarem calunias contra Aicha. Quem lançou as calunias foi AbdAllah Bin Ubai Ibn Salul, o chefe dos hipócritas. Falaram muitas palavras feias, que criaram uma agitação curiosa na tropa dos muçulmanos. O Profeta (s) estava muito hesitante mas matinha-se calado. Logo após a chegada em Madina Aicha adoeceu, doença essa que durou um mês e por fora as pessoas passavam os dias em comentários, sem ela saber do que estava acontecendo. Antes, sentia o carinho o Profeta (s), mas esse carinho diminuira bastante, passava a porta de seu quarto e limitava-se a perguntar: “Como estais vós?” Estas atitudes criaram-lhe suspeitas e duvidas. Quando ela melhorou relativamente, saiu e encontrou-se com a mãe de Misstah que a informou do que se passava. Ao ouvir isso Aicha sentiu-se mal, o que piorou a sua doença. Quando o Profeta foi vê-la em sua visita habitual, Aicha pediu-lhe para ir passar uns dias na casa de seu pai, Abu Bakir ®. O Profeta autorizou-a e ela quando chegou imediatamente perguntou à sua mãe sobre que as pessoas falavam contra ela. A mãe consolou-a respondendo: “Minha filha tenha calma, por Deus! É raro haver uma mulher casta, casada com um homem que a ama, e ela não ter quem a inveje.” Aicha ® chorou muito e nesta noite não dormiu.

Entretanto, o Profeta iniciava uma investigação minuciosa sobre o assunto, na presença de seus companheiros, ouvindo a suas opiniões, perguntando as mulheres se tinham notado algo duvidoso na pessoa de Aicha. Contudo, todos afirmavam a inocência de Aicha. Então, o Profeta (s) subiu ao púlpito na mesquita e lamentou a atitude tomada por algumas pessoas na difamação de sua família. Depois, o Profeta (s) foi até a casa de Abu Bakir, entrou, cumprimentou os presentes, sentou-se e disse: “Aicha, ouvi a teu respeito tais rumores. Se és inocente, Deus confirmará a sua inocência, e se cometeste algum pecado, pede perdão a Deus, e volta-te a Ele arrependida porque um servo quando reconhece o pecado e se volta arrependido a Deus, Ele o perdoa.”

Ela dirigiu-se aos pais dizendo: “Respondei ao Profeta” Os pais disseram: “Por Deus! Não sabemos o que responder”. Aicha disse: “Realmente eu, por Deus, já sei que ouviste esta conversa a meu respeito e acreditastes nela. Por isso se vos disser que sou inocente, não me acreditarão, e se confessar perante vós qualquer pecado enquanto Deus sabe que sou inocente, acreditar-me-eis imediatamente. Portanto, eu não pedirei perdão por uma coisa que Deus sabe que não pratiquei. Limitar-me-ei a dizer o que o pai de Yussuf disse: Paciência! Vou implorar auxilio de Deus contra o que acabais de anunciar-me”. Aicha ® manteve-se firme e respondia a todos que Deus não é injusto.

Nesta ocasião. Deus revelou os seguintes versículos confirmando a inocência de Aicha e ao mesmo tempo definindo o castigo aplicavél. Surat Annur: Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.

1.Uma surata que enviamos e prescrevemos, na qual revelamos lúcidos versículos, a fim de que mediteis.

2.Quanto à adúltera e ao adúltero, vergastai-os com cem vergastadas, cada um; que a vossa compaixão não vos demova de cumprir a lei de Deus, se realmente credes em Deus e no Dia do Juízo Final. Que uma parte dos fiéis testemunhe o castigo.

3.O adúltero não poderá casar-se, senão com uma adúltera ou uma idólatra; a adúltera não poderá desposar senão um adúltero ou um idólatra. Tais uniões estão vedadas aos fiéis.

4.E àqueles que difamarem as mulheres castas, sem apresentarem quatro testemunhas, infligi-lhes oitenta vergastadas e nunca mais aceiteis os seus testemunhos, porque são depravados.

5.Exceto aqueles que, depois disso, se arrependerem e se emendarem; sabei que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.

6.E aquele que difamar a sua esposa, em mais testemunhas do que eles próprios, que um deles jure quatro vezes por Deus que é um dos verazes.

7.E na quinta vez pedirá que a maldição de Deus caia sobre ele, se for perjuro.

8.E ela se libertará do castigo, jurando quatro vezes por Deus que ele é perjuro.

9.E na quinta vez pedirá a incidência da abominação de Deus sobre si mesma, se ele for um dos verazes.

10.Se não fosse pela graça de Deus e pela Sua misericórdia para convosco... e Deus é Remissório, Prudentíssimo.

11.Aqueles que lançam a calúnia, constituem uma legião entre vós; não considereis isso coisa ruim para vós; pelo contrário, é até bom. Cada um deles receberá o castigo merecido por seu delito, e quem os liderar sofrerá um severo castigo.

12.Por que, quando ouviram a acusação, os fiéis, homens e mulheres, não pensaram bem de si mesmos e disseram: É uma calúnia evidente?

13.Por que não apresentaram quatro testemunhas? Se não as apresentarem, serão caluniadores ante Deus.

14.E se não fosse pela graça de Deus e pela Sua misericórdia para convosco, nesse mundo e no outro, haver-nos-ia açoitado um severo castigo pelo que propalastes.

15.Quando a receberdes em vossas línguas, e dissestes com vossas bocas o que desconhecíeis, considerando leve o que era gravíssimo ante Deus.

16.Deveríeis, ao ouvi-la, ter dito: Não nos compete falar disso. Glorificado sejas! Essa é uma grave calúnia!

17.Deus vos exorta a que jamais reincidais em semelhante (falta), se sois fiéis.

18.E Deus vos elucida os versículos, porque é Sapiente, Prudentíssimo.


19.Sabei que aqueles que se comprazem em que a obscenidade se difunda entre os fiéis, sofrerão um doloroso castigo, neste mundo e no outro; Deus sabe e vós ignorais.

Quando foram revelados os versículos o Profeta (s) ficou muito contente e deu a boa nova a Aicha da sua inocência confirmada por Deus. Então a sua mãe disse-lhe: “Levanta-te e agradece ao Profeta” Aicha respondeu: “Não! Por Deus, eu apenas agradecerei a Deus que anunciou a minha inocência.” Depois disso os que levantaram boatos difamatórios foram castigados, conforme manda o Alcorão como uma regra geral aplicável a todos os que estejam na mesma situação, pra proteger a honra da mulher casta.

“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Assalamo Alaikom WA WB,

Criação de Cães sem Necessidade

Os muçulmanos não tem por hábito a criação de cães sem que não haja uma justificativa para tal ato. Aliás o Islamismo é a Religião da lógica. Ao mesmo tempo em que temos um código de defesa da natureza e defendemos o bom trato dos animais, não os criamos indiscriminadamente, haja vista, que essa atitude pode colocar em risco a saúde humana de várias maneiras. Como todas as criaturas do mundo, o cão foi criado por Allah SW e tem com certeza um papel importante na cadeia biológica além de porder fazer grandes parcerias com os humanos. Contudo devemos ser precavidos quanto a sua utilização e companhia.


Manter cães dentro de casa sem qualquer necessidade, apenas como animais de estimação, foi proibido pelo Profeta Muhammad (s). Quando observamos o luxo com que as pessoas de boa situação(econômica) tratam os seus cães, ao mesmo tempo desprezando seus parentes, e quanta atenção eles dedicam aos seus cães ao mesmo tempo que negligenciam seus vizinhos, compreendemos a sabedoria desta proibição. Além do mais, a presença de um cão se torna anti-higiênicos os utensílios caseiros devido a serem lambidas pelo animal. O Profeta Muhammad (s), disse:

"Se um cão lambe um prato(ou panela), limpe-o diversas vezes, das quais uma pelo menos deve ser com areia(ou com terra)." (Al-Bukhari)

Alguns sábios são da opinião de que a razão para a proibição da manutenção de cães pode ser por eles latirem aos visitantes, espantarem os necessitados que vem em busca da caridade, e perseguem e tentam morder os que passam.

O Profeta Muhammad (s), disse:

"O anjo Gabriel veio a mim e disse: `Procurei-o ontem, mas o que me preveniu de entrar foi haver uma estátua à porta, uma cortina com imagens e um cão dentro da casa. Assim sendo, mande que seja quebrada a cabeça da estátua para que parece o tronco de uma arvore, que cortem a cortina e façam dela duas almofadas para reclinar, e que o cão seja posto para fora.`" (Abu Daud, An-Nissaí, e Ibn Hibban em seu Sahih)

Esta proibição se limita à criação de cães sem necessidade ou utilidade.

A Permissibilidade de Manter Cães de Caça e de Guarda

Os cães que são criados com um propósito, tais como os de caça, os pastores de gado ou guardas de colheitas e outros parecidos, estão livres da proibição. Em uma tradição relatada tanto por Al-Bukhari como por Muslim, o Profeta Muhammad (s), disse:

"Aquele que criar um cão que não seja de caça ou para guardar a colheita ou o gado, perderá uma medida de sua recompensa por dia." (Abu Daud, An-Nissaí, e Ibn Hibban em seu Sahih)

Com base nesta Tradição, alguns juristas argúem de que criar cães como animais de estimação podem ser considerado como desaconselhável e não ilícito já que o que é ilícito, é terminantemente proibido sem a preocupação de haver uma redução da recompensa ou não.

Entretanto, esta proibição de se manter cães em casa não significa que eles devem ser tratados com crueldade ou de que devam ser exterminados. Aludindo-os seguinte versículo do Alcorão:

"Não existe ser algum que ande sobre a terra, nem ave que voe, que não constituam nações semelhantes à vós." (6: 38)

O profeta Muhammad (s) contou aos companheiros uma historia sobre um homem que havia encontrado um cão no deserto, resfolegando e lambendo a areia de sede. O homem foi até um poço, encheu seus sapatos de água, e aliviou a sede do cão. Disse o Mensageiro de Deus:

"Deus aprovou isto e perdoou-lhe todos os seus pecados." (Al-Bukhari)

As Descobertas Cientificas Sobre a Criação de Cães

Alguns admiradores do ocidente nos países muçulmanos, alegam estar imbuídos de amor e compaixão por todas as criaturas vivas, e questionam a razão do Islam prevenir contra o "melhor amigo"do homem. Para informação destes, citamos aqui um longo trecho de um artigo escrito por um cientista Alemão, o Dr. Gerard Finstimer, no qual o autor esclarece sobre os perigos à saúde humana resultante da criação de cães ou do contato constante com eles. Diz ele:

"O crescente interesse demonstrado por muita gente dos tempos atuais na criação de cães como animais de estimação, compeliu-nos a chamar a atenção do publico aos perigos que daí resultam, especialmente pelo freqüente carinho com que os cãezinhos são abraçados e beijados, deixando-se que lambam as mãos dos jovens e dos idosos, e o que é pior, deixando-os lamberem pratos e utensílios que são usados por seres humanos para comer e beber. Alem de anti-higiênico e desagradável, este costume é de má educação e abominável ao bom gosto. Entretanto, não estamos preocupados aqui com estes aspectos, deixando que eles sejam abordados por professores de boas maneiras e etiqueta. Ao invés disso, este artigo pretende apresentar algumas observações cientificas. Do ponto de vista medico, que é nossa principal preocupação aqui, os riscos à saúde e vida humana resultantes de se manter e brincar com cães, não podem ser ignoradas. Muitas pessoas ja pagaram um alto preço por sua ignorância, adquirindo coisas como a solitária, verme transmitido pelo cães, e que causam doenças crônicas e à vezes fatais. Esse verme é encontrado no homem, no gado e nos suínos, mas só é encontrado completamente desenvolvido nos cães, lobos, e raramente nos gatos. Esses vermes diferem dos outros por serem pequenos e quase invisíveis, daí somente terem sido descobertos muito recentemente."

E ele continua, "Biologicamente, o processo de desenvolvimento desse verme tem certas características singulares. Nas lesões que causa, um único verme dá origem a várias cabeças ou carnegões, que se espalham e formam outros tipos e variedades de lesões e abscessos. Essas cabeças se transformam em vermes "adultos" somente nas amídalas dos cães. Nos seres humanos e em outros animais eles só aparecem como lesões e abscessos completamente diferentes do verme ele próprio. Nos animais, o tamanho do abscesso pode chegar a ser igual ao uma maçã, enquanto que o fígado do animal infectado pode crescer até cinco ou dez vezes o seu tamanho normal. Nos seres humanos, o tamanho do abscesso pode chegar ao de um punho fechado ou mesmo igual ao de uma cabeça de recém-nascido; ele fica cheio de um liquido que pode pesar de 5 a 10 quilos. Em um ser humano contaminado, ele pode causar diversos tipos de inflamação nos pulmões, músculos, baço, rins e cérebro, e aparece em formas tão diversas e inesperadas que os especialistas, até recentemente, tinham dificuldade em reconhecê-lo. De qualquer modo, onde quer que tal inflamação é localizada, ela representa grave perigo a sua saúde e vida do paciente. O que é pior, apesar do nosso conhecimento de sua vida, história, origem e evolução, ainda não somos capazes de chegar a uma cura para ele. exceto que em certos casos esses parasitas se extinguem, talvez devido à formação de anticorpos produzidos pelo corpo humano. Infelizmente, os casos em que esses parasitas se extinguem sem causar danos são muito raros. Além disso, a quimioterapia não conseguiu produzir qualquer melhoria, e o tratamento comum é o da remoção cirúrgica das partes afetadas do corpo. Por todas essas razoes, devemos despender todos os recursos possíveis para combater esta horrível doença e salva o homem dos seus perigos. "O professor Noeller, por intermédio da dissecação post-mortem de corpos humanos na Alemanha, constatou que a contaminação com vermes provenientes de caes é de pelo menos um por cento. em lugares como a Dalmácia, a Islândia, o sudeste da Australia e Holanda, onde se usam caes para puxar trenós, a taxa de incidência dessa verminose nos cães é de 12%. Na Islândia, o numero de pessoas que sofrem de inflamação causada por esse verme já alcançou a taxa de 43%. Se acrescentarmos a isso o sofrimento humano, o prejuízo em carnes devido à contaminação do gado, e o risco permanente que reapresenta à saúde humana a mera presença da solitária, não podemos permanecer impassíveis diante do problema.

"Talvez a melhor maneira de combater o problema é limitar os vermes aos cães, não deixando que se disseminem, uma vez que na realidade nós precisamos de alguns cães. Não devemos deixar de tratar dos cães quando necessário, eliminando os vermes de suas amídalas e talvez repetindo esse processo periodicamente com os cães pastores e de guarda."

"O homem poderá proteger melhor sua vida e saúde mantendo uma distância segura entre ele e os cães. Ele não deve ficar abraçando-os, brincando com eles, nem deixá-los aproximar-se das crianças. As crianças devem ser ensinadas a não brincar com cães nem de acariciá-los. Não se deve deixar o cão lamber as mãos das crianças ou mesmo permanecer no lugar onde elas brincam. Infelizmente, é comum deixar-se os cães vagar por todos os cantos, especialmente nos locais onde brincam crianças, e suas vasilhas ficam espalhadas por toda parte. Os cães devem ter suas próprias vasilhas, e não se deve deixá-los comer ou lamber vasilhas ou pratos usados pelos humanos. Não se deve deixá-los entrar nos mercados, restaurantes ou lojas de viveres. Em geral, muito cuidado deve ser exercido para que eles não tenham contato com coisas usadas pelo ser humano para comer e beber." (Traduzido da revista alemã `Kosinos`)

Nos já sabemos que o Profeta Muhammad (s) proíbe misturar-se aos cães, e de que admoestava sempre contra deixá-los lamberem pratos e mesmo de criá-los desnecessariamente. Como é possível que os ensinamentos de um árabe iletrado, Muhammad (s), pudessem estar em conformidade com os últimos resultados de pesquisas cientificas? Em verdade, não sabemos dizer nada além de repetirmos as palavras do Alcorão:

"Nem fala por capricho. Isso não é senão a inspiração que lhe foi revelado." (53: 3-4)


“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Assalamo Alaikom WA WB,

Por: Omar Hussein Hallak

domingo, outubro 10, 2010

Dez Coisas que Anulam o Islam

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso!



Não basta se dizer muçulmano é preciso praticar o islamismo em todos os seus pilares. Vamos ver nessa matéria atitudes que pode anular o islamismo de nossas vidas. Astahfirullah ( Peço perdão a Deus)

Dez Coisas Que Anulam o Islam - De University College London Islamic Society


Todo louvor é devido a Deus, o Senhor dos mundos. Que a paz e as bênçãos estejam com o Último Mensageiro de Deus, e sobre todos aqueles que o seguem até o Último Dia. Prosseguindo, irmãos e irmãs muçulmanos, é preciso que saibam que existem questões que anulam o seu Islam. Por favor, prestem atenção a elas:

1. Atribuir parceiros a Deus (shirk). Diz Deus, o Altíssimo:

"A quem atribuir parceiros a Deus, ser-lhe-á vedada a entrada no Paraíso e sua morada será o fogo infernal! Os iníquos jamais terão socorredores." (5:72)


São formas de shirk invocar os mortos, pedir-lhes ajuda, oferecer presentes ou sacrifícios.


2. Criar intermediários entre a pessoa e Deus, suplicar a eles, pedir a intercessão deles junto a Deus e depositar neles a confiança, é infidelidade (kufr)


3. Pensar que os politeístas (mushrikin) não são descrentes, ou ter dúvida sobre a descrença deles, ou achar sua forma de vida correta. Aquele que assim age é um(a) descrente (kafir).


4. Quem acredita que qualquer outra orientação seja mais perfeita, ou qualquer decisão seja melhor do que as emanadas dos profetas, é um descrente. Isto se aplica àqueles que preferem as normas do Mal (Taghout) às dos profetas. Eis alguns exemplos:


a) Acreditar que os sistemas e leis feitos pelos seres humanos são melhores do que a shari'ah do Islam; por exemplo, achar que o sistema islâmico não é adequado para o século XX; acreditar que o Islam é a causa do atraso dos muçulmanos; ou que o Islam é uma relação entre Deus e o muçulmano e que não deve interferir em outros aspectos da vida.


b) Dizer que o cumprimento das punições prescritas por Deus, como, por exemplo, cortar a mão do ladrão ou o apedrejamento de um adúltero, não é adequado para os dias atuais.


c) Acreditar que é permissível baixar uma norma para as transações islâmicas ou matérias legais, punições e outras questões, que não tenha sido revelada por Deus. Ainda que a pessoa não acredite que essas coisas estejam acima da shari'ah, na verdade ela acaba por aceitar como permissível uma coisa que Deus proibiu totalmente, como o adultério, o álcool ou a usura. De acordo com o consenso muçulmano, aquele que afirma que tais coisas são permissíveis é um (kafir).


5. Aquele que não aceita qualquer parte do que o Mensageiro de Deus (SAW) tenha declarado lícito anula seu Islam, mesmo que aja em concordância com ele. Diz Deus, o Altíssimo:


"Isso, por terem recusado o que Deus revelou; então, Ele tornará as suas obras sem efeito." (47:9)


6. Aquele que zomba de qualquer aspecto da religião do Mensageiro de Deus (SAW), ou de quaisquer de suas recompensas ou punições, torna-se um descrente. Diz Deus, o Altíssimo:

"Porém, se os interrogares, sem dúvida te dirão: Estávamos apenas falando e gracejando. Dize-lhes: Escarneceis, acaso, de Deus, de Seus versículos e de Seu Mensageiro? Não vos escuseis, porque renegastes, depois de terdes acreditado!" (9:65-66)


7. A prática da magia, aí incluído, por exemplo, provocar uma rixa entre marido e esposa, transformando o amor por ela em ódio, ou seduzir uma pessoa, através da magia negra, para fazer coisas de que ela não gosta. Aquele que se envolve com estas coisas ou que gosta delas está fora da comunidade do Islam. Diz Deus, o Altíssimo:


Ambos (Harut e Marut) a ninguém instruíram, sem que dissessem: Somos tão-somente uma prova; não vos torneis incrédulos!" (2:102)

8. Apoiar ou ajudar politeístas contra os muçulmanos. Diz Deus, o Altíssimo:

"Porém, que dentre vós os tomar por confidentes, certamente será um deles; e Deus não encaminha os iníquos." (5:51)


9. Aquele que acredita que algumas pessoas têm a permissão de se afastar da shari'ah de Mohammad (SAW) é um descrente. Diz Deus, o Altíssimo:

"E quem quer que almeje (impingir) outra religião, que não seja o Islam, (aquela) jamais será aceita e, no outro mundo, essa pessoa contar-se-á entre os desventurados." (3:85)

10. Afastar-se completamente da religião de Deus, deixar de conhecer seus preceitos ou de agir de acordo com eles. Diz Deus, o Altíssimo:

"E haverá alguém mais iníquo do que quem, ao ser exortado com os versículos do seu Senhor, logo os desdenha? Sabei que Nós puniremos os pecadores." (32:22)

E diz Deus, o Altíssimo:


"Aquele que não crê afasta-se daquilo do qual foi advertido."

Não faz diferença se tais violações sejam cometidas como brincadeira, com seriedade ou isentas de medo, exceto quando praticadas sob coação (por exemplo, ameaça de perda da vida). Buscamos refúgio em Deus contra tais atos porque eles acarretam Sua ira e punições rigorosas.


“Ó fiéis, atendei a Allah e ao Mensageiro, quando ele vos convocar à salvação. E sabei que Allah intercede entre o homem e o seu coração, e que sereis congregados ante Ele.” 8:24

Asalamo Alaikom WA WB,

Omar Hussein Hallak

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